Uma nova mancha no Sol pode causar uma forte tempestade eletromagnética até domingo (2) – e gerar paisagens impressionantes em latitudes mais baixas.
Segundo uma previsão do Instituto Geofísico Fairbanks, da Universidade do Alasca, a atividade geomagnética se intensifica a partir desta quinta e sexta-feira (31), quando os ventos solares devem chegar à Terra.
Esse “buraco” no Sol tem de 18 a 20 vezes o tamanho da Terra e pode liberar partículas eletricamente carregadas a 2,9 milhões de quilômetros por hora em nossa direção. Astrônomos identificaram a abertura depois da descoberta de outra mancha 30 vezes maior que a Terra.
Essas partículas liberadas pelo Sol chegam na Terra e causam as tempestades eletromagnéticas, aquelas responsáveis pelas belíssimas auroras boreais que aparecem nos extremos do planeta.
A diferença é que, agora, por causa do ciclo solar, essas tempestades tendem a acontecer com mais frequência e intensidade.
Só em 2023, vimos auroras boreais no Reino Unido e na América do Norte – e devemos ver muitas mais até 2025, que é o ano em que o Sol deverá completar a inversão de seus pólos, momento conhecido como “máximo solar”.
O que é uma mancha solar
Mancha solar é um fenômeno temporário na fotosfera do Sol. Nessas regiões, a temperatura superficial é reduzida. Essas manchas não costumam representar grandes riscos, ainda que possam explodir a qualquer momento.
Isso porque, mesmo com temperaturas mais baixas, são regiões do Sol com grande concentração de campo magnético. Ali, há matéria aprisionada na forma de plasma. Ou seja, gás muito quente e ionizado.
Por isso, quando há erupção, o astro-rei pode liberar ondas de rádio, raio X e raios gama no espaço e, em seguida, atingir a Terra. As possíveis consequências vão desde auroras boreais até panes no radar de aviões e nas telecomunicações do planeta.