Paul McCartney respondeu às especulações de que a nova música dos Beatles teria sido criado com IA (inteligência artificial). Na quinta-feira (22), o artista voltou a negar os boatos nas redes sociais, dias após o filho de John Lennon, Sean, explicar o uso da IA na faixa.
“Foi ótimo ver uma resposta tão empolgante ao nosso próximo projeto dos Beatles. Ninguém está mais animado do que nós para compartilhar algo com você no final do ano”, começou McCartney, no Twitter.
“Vimos alguma confusão e especulação sobre isso. Parece haver um monte de trabalho de adivinhação lá fora”, continuou, abordando os rumores.
Been great to see such an exciting response to our forthcoming Beatles project. No one is more excited than us to be sharing something with you later in the year.
We’ve seen some confusion and speculation about it. Seems to be a lot of guess work out there. Can’t say too much…
Em seguida, garantiu que não houve uso de IA na criação dos vocais da música. “Não posso dizer muito nesta fase, mas para ser claro, não criamos nada artificial ou sinteticamente”, escreveu ele.
“É tudo real e todos nós brincamos com isso. Limpamos algumas gravações existentes – um processo que durou anos”, explicou. “Esperamos que gostem tanto quanto nós. Mais novidades em breve”.
Sean Ono Lennon já havia se pronunciado sobre o assunto. “Tudo o que fizemos foi limpar o ruído da faixa vocal. As pessoas estão interpretando mal o que aconteceu. Sempre houve maneiras de reduzir o ruído das faixas, mas a IA faz isso melhor porque aprende o que é o vocal e é capaz de remover com muita precisão tudo o que não é o vocal”, tuitou.
That is not happening. All we did was clean the noise from the vocal track. People are completely misunderstanding what occurred. There have always been ways of ‘de-noising’ tracks but AI just does it better because it learns what the vocal is and is able to very precisely remove…
McCartney anunciou a música em 12 de junho. “Foi uma demo que John tinha e na qual trabalhamos, e acabamos de terminar, será lançada este ano. Conseguimos pegar a voz de John e torná-la pura por meio dessa IA, para que pudéssemos mixar o disco como você faria normalmente”, disse ele.
Entretanto, apesar de a IA ter ajudado a melhorar a qualidade do som, ela não criou a música dos Beatles ou os vocais de Lennon, que já existiam.
Além disso, a IA não é totalmente nova para os Beatles. O diretor Peter Jackson utilizou a tecnologia no documentário “The Beatles: Get Back”, de 2021, para isolar vocais de uma filmagem de 1969, segundo informações da Variety.
Paul McCartney não revelou o título da música. Mas informações preliminarem apontam que a faixa seria uma demo do final dos anos 1970 enviada por Yoko Ono aos Beatles para entrar no projeto “Anthology”, na década de 1990. Os produtores, porém, não teriam considerado a composição “adequada” para lançar na época.
Jornalista formada pela Unesp. Com passagem pelo site de turismo Mundo Viajar, já escreveu sobre cultura, celebridades, meio ambiente e de tudo um pouco. É entusiasta de moda, música e temas relacionados à mulher.
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