Pesquisadores da Duke University e do Albert Einstein College of Medicine, ambas nos EUA, encontraram uma forma de deixar os exames de imagem, sobretudo os que envolvem análises microscópicas, ainda mais nítidos.
O plano dos cientistas envolve uma pequena proteína fluorescente capaz de emitir e absorver a luz que penetra profundamente no tecido biológico. Seu uso deve permitir aos cientistas capturar imagens biomédicas mais profundas, limpas e precisas. O estudo completo foi publicado na revista Nature Methods.
Para chegar a esta proteína, a equipe utilizou fotorreceptores comumente encontrados em bactérias. Esses fotorreceptores podem alternar entre um estado inativo e ativo quando expostos a um determinado comprimento de onda de luz, tornando-os adequados para o estudo de imagem.
Além disso, eles podem se ligar à biliverdina – pigmento presente nos tecidos de mamíferos. Os pesquisadores estudaram a maneira que o fotorreceptor se liga a biliverdina, então realizaram alterações na molécula para alcançar uma proteína mais brilhante.
A proteína fluorescente recebe o nome de miRFP718nano. Para testá-la, os cientistas a empregaram em camundongos. Assim, puderam obter imagens de células da glândula mamária do roedor, das bactérias de seu sistema digestório e até mesmo de uma inflamação no fígado do animal. Todas as imagens foram consideradas mais nítidas e detalhadas.
No futuro, os pesquisadores pretendem utilizar a proteína para estudar as estruturas do cérebro e também rastrear a movimentação de células cancerígenas pelo corpo humano.