B.1.1.7, nova variação do coronavírus, é confirmada em São Paulo

Confirmação foi feita pelo laboratório Dasa, que identificou dois casos em São Paulo.
Estrutura do novo coronavírus COVID-19

A B.1.1.7, nova variação do Sars-CoV-2, que circulava em 17 países, chegou ao Brasil. Pelo menos é o que indica a Dasa, líder em medicina diagnóstica no Brasil, que identificou dois casos com a nova cepa em São Paulo. A descoberta foi comunicada nesta quinta-feira (31) e já foi encaminhada ao Instituto Adolfo Lutz e à Vigilância Sanitária.

De acordo com a rede, os estudos para detecção da cepa já haviam sido iniciados em 13 de dezembro, quando o Reino Unido divulgou as primeiras informações sobre a variante. Foram analisadas 400 amostras de saliva coletadas por testes de RT-PCR (considerado padrão ouro) e que detecta o RNA do vírus nas amostras. Em parceria com o Instituto de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (IMT-FMUSP), a Dasa fez o sequenciamento genético do material e confirmou a mutação.

“O sequenciamento confirmou que a nova cepa do vírus chegou ao Brasil, como estamos observando em outros países. Dado seu alto poder de transmissão esse resultado reforça a importância da quarentena, e de manter o isolamento de 10 dias, especialmente para quem estiver vindo ou acabado de chegar da Europa”, diz em nota Ester Sabino, pesquisadora do IMT-FMUSP.

O que significa a mutação

Até o momento não foram encontradas evidências de a variação ser mais mortal ou resistente às vacinas mas, de acordo com Centro Europeu de Prevenção e Controle de Doenças (ECDC, na sigla em inglês), ela é 70% mais contagiosa No Reino Unido, onde a mutação surgiu em setembro, o B.1.1.7 já representa 50% dos novos casos diagnosticados, de acordo com a OMS.

Isso porque as mudanças acontecem principalmente na proteína da espícula viral (spike). É pela proteína que o vírus se liga à célula humana. As mutações permitem que ele se ligue mais facilmente — tornando-o mais infeccioso.

É necessário ainda desenvolver mais estudos para garantir que a mutação não passe desapercebida em novos testes. Por isso, a Dasa, também em parceria com o IMT-FMUSP, está isolando e cultivando as cepas para descobrir como evitar falsos negativos.

[G1, Estadão, Folha]

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