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Novo estudo mostra que núcleo da terra oscila e muda de direção

Pesquisadores da University of Southern California chegaram à conclusão que, com o passar dos anos o movimento da Terra oscilou em um período de seis anos. Veja os detalhes do estudo

Imagem: Reprodução\Pixabay

Quando se acha que tudo foi dito e pesquisado sobre a Terra, vem um grupo de cientistas e nos surpreende com novas descobertas e revelações. Desta vez, pesquisadores da University of Southern California (USC) identificaram que o núcleo do planeta Terra oscila e muda de direção.

No estudo, publicado na Science Advances, os cientistas relataram que o núcleo da Terra mudou sua velocidade com o passar dos anos. A informação foi constatada através da análise de dados sísmicos. Um ciclo de seis anos de super e sub-rotação afetou a duração de um dia com base nesses dados. O cientista John E. Vidale, coautor do estudo e professor de Ciências da Terra da USC, explica:

“Nossas últimas observações mostram que o núcleo interno girou um pouco mais devagar de 1969-71 e depois mudou na outra direção de 1971-74.”

Ou seja, houve uma oscilação na velocidade que a Terra gira

O núcleo interno é com uma bola quente e densa de ferro sólido do tamanho de Plutão. Nos últimos 26 anos, esta não é a primeira vez que se os cientista fizeram descobertas neste campo. Em 1996, uma pesquisa propôs pela primeira vez que o núcleo da Terra girava mais rápido que o resto do planeta.

Os pesquisadores Wei Wang e Vidale utilizaram dados do “Large Aperture Seismic Array” (LASA), uma instalação da Força Aérea dos EUA. Aplicaram a mesma metodologia a um par de testes atômicos anteriores sob a Ilha Amchitka, na ponta do arquipélago do Alasca- Milrow em 1969 e Cannikin em 1971.

Medindo as ondas de compressão resultantes das explosões nucleares, eles descobriram que o núcleo interno havia invertido a direção, sub-rotando pelo menos um décimo de grau por ano.

Este último estudo marcou a primeira vez que a conhecida oscilação de seis anos foi indicada por meio de observação sismológica direta.

“Uma das perguntas que tentamos responder é: o núcleo interno se move progressivamente ou está bloqueado em comparação com todo o resto a longo prazo? Estamos tentando entender como o núcleo interno se formou e como ele se move ao longo do tempo –este é um passo importante para entender melhor esse processo”, concluiu Vidale, da University of Southern California.

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