Novo iPad: onde a Retina Display ainda pode melhorar
É unanimidade entre quem testou o novo iPad que a tela Retina de 9,7 polegadas é “impressionante”, “espetacular”, “ultrajante”. Os especialistas também concordam: Dr. Raymond Soneira, da DisplayMate Technologies, deu a ela o título de Melhor Tela de Dispositivo Móvel (antes era o iPhone 4) e Melhor Qualidade de Imagem em Dispositivo Móvel (antes era o… Milestone!). Mas ela ainda tem muito a melhorar.
O doutor lista vários pontos fracos que a Apple – e outras empresas de smartphone e tablet – precisam melhorar em seus produtos futuros:
1) Reflexividade da tela: A reflexividade do novo iPad está “no meio do intervalo que vemos para tablets e smartphones”, diz Soneira – nem muito ruim, nem muito bom. Os melhores aparelhos nesse quesito que a DisplayMate Technologies testou são smartphones: o Samsung Galaxy S, com sua tela Super AMOLED; e o Nokia Lumia 900, com tela AMOLED ClearBlack. Os gadgets móveis em geral têm que parar de virar um espelho caro quando expostos à luz, mesmo em condições moderadas. Como resolver isto? O doutor diz: “com revestimento antirreflexo e acabamento de superfície” que causa a dispersão da luz. Meus óculos já têm antirreflexo, é hora dos gadgets virem de fábrica com isso também.
2) Sensor de luz ambiente: Soneira fala sobre o sensor de luz em todo gadget móvel, não só no novo iPad, mas eis algo que aparentemente ninguém notou antes. Ele diz: “O sensor frontal de luz ambiente em praticamente todos os tablets e smartphones mede o brilho do seu rosto, em vez da luz ambiente ao redor, o que é necessário para ajustar com precisão o Brilho Automático da tela”. Quem sabe um segundo sensor de luz poderia ficar ao lado da câmera traseira dos tablets – ou, num mundo ideal, poderia substituí-la. Ou a câmera poderia servir também como sensor de luz, se for possível! É uma ideia que precisa ser desenvolvida.
3) Brilho Automático: De novo, o doutor não cita o novo iPad em especial, mas reclama que “os controles de Brilho Automático em todos os Tablets e Smartphones que medimos são positivamente terríveis e próximos de funcionalmente inúteis”. E ele já ensinou como resolver isto. Em vez de medir o nível de luz ambiente e aplicar um algoritmo aleatório pra decidir qual deve ser o brilho da tela, façam o seguinte, fabricantes: quando o consumidor ajustar o nível de brilho manualmente, aprendam com ele. Vejam qual nível o usuário escolheu, gravem o nível de luz ambiente que o fez escolher esse nível, e usem isto para ajustar os pontos ótimos de brilho automático – que assim ficam específicos para cada usuário.
Raymond Soneira também dá outras sugestões, como ajuste preciso de iluminação e cor (como os equalizadores de som, mas para a tela); e retroiluminação por LEDs vermelhos, azuis e verdes – em vez de apenas brancos – o que melhora a calibragem e saturação. O texto completo mostra como o novo iPad saiu na frente da concorrência em quase todo quesito: nitidez, saturação e fidelidade de cor, e ângulo de visão. Os testes estão aqui: [Gizmodo US]
Foto por Wired (CC)