Novo mapa mostra regiões do Brasil que estão esquentando mais rápido
Uma semana após a reunião do G20, realizada no Brasil — que teve o clima como um dos principais focos — cientistas publicaram um mapa mostrando regiões que estão esquentando mais rápido.
Na última terça-feira (26), cientistas do Observatório da Terra da Universidade de Columbia, em Nova York, publicaram um estudo observando como as tendências de 2023 podem ajudar a prever o clima.
O estudo foi aceito após revisão acadêmica da professora Regina R. Rodrigues, da Universidade Federal de Santa Catarina, diretora do Laboratório de Extremos Climáticos da UFSC.
Aliás, conforme o estudo, a América do Sul e regiões do Brasil, como o sul, são as que mais preocupam os cientistas, sobretudo pela mudança nos padrões climáticos que resultaram no intenso El Niño de 2023-2024.
O estudo usou uma modelagem climática de temperaturas máximas diárias entre 1958 e 2023. Os cientistas obtiveram dados do Copernicus e do modelo de reanálise ERA5 e do HighResMIP.
Contudo, para dar mais precisão ao modelo, os pesquisadores utilizaram uma abordagem para determinar níveis de incertezas para tendências climáticas observadas.
Por isso, o mapa utiliza tendências climáticas observadas e tendências de previsões de modelos climáticos para identificar as regiões do Brasil e do mundo que estão esquentando mais rápido.
Veja o mapa:
O Pantanal e regiões entre o Maranhão e Tocantins (as regiões mais avermelhadas do mapa) são as que estão esquentando mais rápido no Brasil. Em seguida, Centro-oeste, norte de Minas e quase toda a região do interior do Nordeste possuem tendências alarmantes.
No entanto, o principal destaque vai para a região da bacia do rio Amazonas. Como o próprio estudo destaca, a Amazônia teve uma onda de calor em novembro de 2023 que quebrou recordes. O mapa mostra que regiões nos estados do Amazonas e do Acre estão esquentando rápido.
Além disso, o estudo enfatiza a necessidade da “rápida mitigação de emissões de gases do efeito estufa para evitar mais aquecimento de eventos climáticos inesperados, incluindo na América do Sul”.
Atualmente, o Brasil é o sexto maior emissor de gases do efeito estufa, mas está muito atrás do Top 5.
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