Carregadores sem fio estão se tornando mais populares, só que o famoso padrão Qi requer contato físico entre carregador e dispositivo – ao contrário de concorrentes como PMA e Rezence. Isso vai mudar com uma nova versão do Qi.
Com ela, o dispositivo pode ficar a uma distância de até 45 mm da base; e vários aparelhos podem ser carregados ao mesmo tempo. Isso também permite colocar a base embaixo de mesas, por exemplo, fazendo seus dispositivos carregarem feito mágica.
Além disso, o padrão é retrocompatível: ou seja, um carregador Qi 1.2 funcionará com dispositivos atuais, porém a uma distância de até 30 mm. E seu carregador Qi atual servirá com dispositivos futuros; no entanto, ele não será “atualizado” para fornecer energia à distância – para isso, você terá que comprar um novo.
Funciona assim: há uma bobina no seu dispositivo, e outra no carregador. Esta bobina ressoa com uma corrente elétrica oscilante, e cria um campo magnético. Se você colocar outra bobina nesse campo, que vibre na mesma frequência, ela captura boa parte da energia. Assim, sua bateria começa a carregar sem fios.
O WPC diz ao Engadget que seu carregamento por ressonância é mais eficiente que no PMA e Rezence, capturando 70% a 80% da energia emitida pela base em protótipos iniciais. E o Qi tem a vantagem de ser mais disseminado: 200 fabricantes e operadoras já adotaram este padrão, como Nokia, LG, HTC e Samsung.
A Intel, por sua vez, aposta no Rezence: ele é capaz de penetrar 5 cm de madeira e carregar múltiplos dispositivos, como laptops, tablets e smartphones. Ela firmou acordos com Dell, Lenovo, Toshiba e outras para fazer este padrão deslanchar.
Sabendo desta concorrência entre padrões, a Broadcom criou um chip para carregamento sem fio compatível com Qi, Rezence e PMA. Ele deve chegar ao mercado nos próximos doze meses.
O padrão Qi 1.2, por sua vez, deve aparecer em produtos para consumidor no final deste ano. [The Qi Blog via Engadget via Ars Technica]
Imagens por Nokia Connect/Flickr e WPC