Um novo teste sanguíneo desenvolvido por cientistas da Universidade Georgetown, em Washington DC, nos Estados Unidos, é capaz de prever o início da doença de Alzheimer com 96% de certeza com três anos de antecedência, e esse número em breve poderá ser esticado para décadas.
Os pesquisadores publicaram um relato do teste na Nature Medicine, explicando que ele identifica 10 compostos químicos no sangue que são associados com a doença. Já existem outros testes para diagnosticar Alzheimer, mas esse é o primeiro que consegue prever o seu início.
O teste foi desenvolvido com um grupo de 525 pessoas com 70 anos ou mais, que inicialmente não apresentaram nenhum sinal de problemas mentais. Eles fizeram testes cognitivos durante um período de cinco anos, e amostras sanguíneas foram tomadas. Nos cinco anos, 28 desenvolveram Alzheimer – o suficiente para identificar os dez compostos químicos que indicam a presença da doença.
Nos testes posteriores, as presenças desses químicos em amostras de sangue foram usadas para prever o início do Alzheimer em até três anos, com 96% de certeza. O próximo passo é tornar o teste ainda mais sensível – e então os pesquisadores acreditam que poderão usá-los para prever o início da doença com 10 ou até 20 anos de antecedência. [Nature Medicine via New Scientist]
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