Zuckerberg queria ser popular, Orkut Büyükkökten, impressionar os chefes. Carlos Henrique do Nascimento, por sua vez, queria criar um local seguro para seu filho – e de quebra, homenagear a esposa Mirtes. Toda rede social nasce de uma motivação e embora ainda não saibamos a que move o pessoal por trás d’O Laçador, a nova rede social brasileira, digo, gaúcha, ela já chama a atenção. Bah, tchê!
O Laçador é uma rede social com aquele visual batido, com linha do tempo, perfil e até trending topics. O site deve usar algum template ou sistema comercial, já que diversos trechos aparecem em inglês e há um quê de “já vi isso antes” quase palpável. Claro, algumas adaptações necessárias são vistas aqui e ali, como o “Curtir”, que virou “Achei tri!”, e os emoticons, que viraram “emochês” e apresentam caretinhas bigodudas, escudos do Grêmio e do Inter, uma boa peça de picanha e a tradicional cuia de chimarrão. E o domínio? olacador.rs! É muito gauchês pra um site só.
A ideia do site surgiu a partir de uma página do Facebook que conta com 12 mil seguidores. E… bom, tudo bem esse orgulho misturado com bairrismo, a gente entende, mas o que se fala ou faz numa rede social criada em torno dos limites geográficos e culturais de um estado brasileiro? Os trending topics dão uma boa ideia da pegada monotemática d’O Laçador: #OLaçador, #RSmelhoremtudo, #tchê, #calor (haha!), #bah, ah meu deus.
E fico pensando aqui se existe algum filtro de coisas exclusivamente gaúchas. Quer colocar uma música na timeline? Se vira aí com Engenheiros, Bidê ou Balde e Acústicos e Valvulados. Vai falar de novelas ou filmes? Só se forem atores e diretores do estado, ora! Escreveu “massa” ou “cool” em vez de afudê? Block na hora e report as invasor estrangeiro.
Esse filtro não existe, infelizmente, e nem o cadastro é tão rígido — está liberado pra qualquer um, gaúcho ou não. Caso queira dar uma olhada lá dentro, aqui está a página para se cadastrar. [Link]