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O menor relógio do mundo tem apenas um átomo

Nós somos muito bons em relógios. Os relógios nucleares que existem atualmente são bastante precisos, então o que mais você poderia pedir? Alguma coisa mais simples. E que tal um relógio que é apenas um único átomo? Isso é exatamente o que pesquisadores descobriram como fazer. Holger Muller, um físico da Universidade da Califórnia, junto […]

Nós somos muito bons em relógios. Os relógios nucleares que existem atualmente são bastante precisos, então o que mais você poderia pedir? Alguma coisa mais simples. E que tal um relógio que é apenas um único átomo? Isso é exatamente o que pesquisadores descobriram como fazer.

Holger Muller, um físico da Universidade da Califórnia, junto com seus colegadas, se interessaram em mudar a contagem do tempo para a sua forma mais simples possível, e um relógio com um único átomo parecia um bom jeito de começar. O conceito se baseia na hipótese da onda de matéria de Broglie, que diz que uma partícula de matéria pode se comportar como uma onda. Isso significa que ela vai oscilar em um padrão normal que pode ser usado como relógio.

Não é tão simples assim; um único átomo pode oscilar rápido demais para ser lido. Então os pesquisadores basicamente dividiram um átomo de césio na metade, e fizeram uma das metades se mover para frente e para trás. Esse movimento dilatou a oscilação desta metade, e como eles sabiam exatamente como interromperam o átomo, conseguiram usar os dados para calcular a oscilação do átomo original, criando um relógio atômico a partir disso.

Um relógio de um átomo é incrível, mas não exatamente excelente para cumprir sua função. Ele é tão preciso quanto os primeiros relógios atômicos, mas um bilhão de vezes menos do que os nucleares que temos atualmente. Ainda assim, é um feito impressionante. No futuro, talvez seja possível criar relógios quânticos sem partículas, apenas com partículas “virtuais” que surgem e desaparecem rapidamente. Ou relógios de anti-matéria. Não que algum desses um dia apareça no seu pulso, mas é algo fascinante. [Discovery News]

Imagem via Denis Vrublevski/Shutterstock

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