O plano de uma princesa que quer levar luz a 620 milhões de africanos
Muitos africanos precisam de energia elétrica, porém eles não têm. A sorte é que o continente está em um processo de revolução de energia solar, que tem trazido uma onda de inovação para empreendedores do ramo. Uma delas é uma princesa do povo Mossi, de Burkina Faso, que quer combater o problema com educação e capacitação das pessoas.
A princesa Abzeita Djigma tem uma empresa chamada AbzeSolar, que fornece uma série de produtos de energia solar em áreas rurais e vilarejos. Os moradores instalam e vendem os produtos, provendo energia elétrica renovável e ainda ajudando a economia local. A Agência Internacional de Energia estima que há 620 milhões de pessoas sem energia elétrica apenas na África Subsaariana.
No mês passado, a companhia de Djigma foi uma das 14 escolhidas em uma competição organizada pela ONU, que visa premiar ideias que tentam atingir os 17 objetivos do desenvolvimento sustentável. A princesa apresentou o projeto na sede da ONU, em Nova York.
Djigma é descendente da princesa guerreira Yennenga, considerada a mãe do grupo étnico Mossi, que representa 40% da população de Burkina Faso. A princesa afirma que faz isso por um senso de responsabilidade de ajudar seu próprio país.
A linha de produtos “Mama-Light” inclui luzes de rua solares, aquecedores solares de água, lâmpadas solares portáteis para leitura e uma série de outros itens. A AbzeSolar fornece treinamento técnico às comunidades. Dessa forma, os locais aprendem como instalar e a fazer a manutenção dos produtos.
O método de produção solar acompanhado de treinamento nas comunidades está em alta. No início do ano, falamos sobre a Gravity Light, um projeto do Kickstarter que quer produzir uma lâmpada inteligente que não precisa de baterias, suporte ou sol para prover energia. A ideia era que comunidades de países como o Quênia pudessem produzissem localmente o dispositivo.
Nós ainda vamos ver muito mais inovações, como a apresentada pela princesa Djigma, ajudarem a capacitar as pessoas e ensinando-as, inclusive, a produzirem o que for necessário para terem energia elétrica.