Treze anos depois dos ataques às torres gêmeas do World Trade Center, um novo arranha-céu foi inaugurado. O One World Trade Center, prédio construído no lugar das antigas torres, começou a receber seus primeiros locatários esta semana. Mas há algo de frustrante nele, alguma coisa sem mensagem, sem significado, como critica Zach Seward, do Quartz.
Idealizada pouco tempo depois do 11 de setembro, a torre tinha um projeto ambicioso e complexo, apesar de não chegar a ser uma obra-prima da arquitetura. No entanto, era um prédio interessante — que foi aos poucos se perdendo em meio a revisões, disputas com autoridades e atrasos.
Por fim, o prédio recebeu um pináculo ridiculamente alto e desproporcional, apenas para completar os 1.776 pés de altura (não por acaso, o ano da Independência dos Estados Unidos da América) que dão ao arranha-céu o título de mais alto do país. Como nota o Quartz:
O One World Trade Center foi pensado para ser um prédio assustador, mas em algum ponto —presumivelmente no meio de mais uma rodada de projetos mediados por políticos, famílias de sobreviventes e investidores— ele claramente desistiu de fazer qualquer comentário. O vidro altamente reflectivo que cobre a maior parte da torre parece dizer, ok, beleza, veja o que você quiser nessa fachada.
O que era para ser um marco importante virou um prédio comum, que parece que podia estar em qualquer lugar, se não fosse tão esticado. Sem vibração, sem mensagem, sem nada a dizer a não ser “pronto, está reerguido”. Uma pena. As torres de luz do Tribute in Light eram bem mais tocantes. [Quartz]
Imagem via gigi_nyc