Apple e Viagra parecem ser duas marcas com pouca chance de terem um laço em comum, mas na verdade ambas empregaram os serviços investigativos da “fabricação global do Seal Team Six” para combater falsificadores, como diz Evan Osnos na revista New Yorker.
Os investigadores John Theriault e Don Shruhan passaram cinco anos perseguindo falsificadores do Viagra (através da unidade de segurança da farmacêutica Pfizer), e depois foram para a Apple para combater o mesmo problema. E depois que o Wikileaks vazou telegramas escritos por Shruhan sobre o trabalho da equipe de segurança da Apple, nós podemos ver de uma forma interessante como funciona a Gestapo da Apple.
Mas Shruhan também ficou impressionado com os recursos que a Apple conseguia reunir: a empresa tinha “controles internos em fábricas subcontratadas” e auditores independentes “bons o bastante” para impedir que funcionários fabricassem cópias baratas no tempo livre deles. Além disso, “o sistema da Apple para rastrear o número de série único de cada produto parece ser bem eficiente, e mais sofisticado que o da Pfizer”, escreve a embaixada.
E mais, quando a Apple percebeu que estava encarando uma ameaça real a seus negócios, a empresa já estava preparada para mobilizar “não só uma equipe de investigadores, que Shruhan havia subcontratado, como também ferramentas como um laboratório, para começar a rastrear com precisão a fonte de produtos falsificados. Um laboratório que realiza análise forense em peças individuais, como por exemplo baterias, pode ajudar a localizar fabricantes de alto volume dessas peças falsificadas.”
Como ele diz, a equipe dele “faz 95% do trabalho investigativo”, e então entrega os arquivos para as autoridades chinesas, e “dá [às autoridades locais] 100% do crédito”.
A Apple está de olho. [Cablegate Search via New Yorker]