Ciência

O que é a febre do Oropouche, que está crescendo no Brasil

Febre do Oropouche tem mosquito como vetor e, apesar de ser mais comum no norte do país, mas já atingiu outras regiões. Veja mais
Imagem: Wikimedia Commons/ Reprodução

O Brasil já confirmou 3.324 casos de febre do Oropouche em 2024, segundo dados atualizados na última terça-feira (9) pelo Ministério da Saúde. Em todo o ano de 2023, o país soma ao menos 832 casos, o que evidencia o avanço silencioso da doença.

Em geral, a região norte é a mais afetada. O estado do Amazonas lidera o ranking de maior número de casos, com 2.575 registros. Em seguida, estão Rondônia (592), Acre (110), Pará (29) e Roraima (18).

Embora esteja quase sempre restrita aos estados do norte do Brasil, desta vez a doença já atingiu estados do nordeste, do sudeste e também o Mato Grosso do sul, no centro-oeste.

A febre do Oropouche é parte da lista de doenças de notificação compulsória, uma vez que possui potencial de se tornar uma epidemia. Por causar sintomas parecidos com o da dengue, uma equipe do Ministério da Saúde foi enviada ao Acre para revisar os diagnósticos. 

Veja abaixo a faixa etária mais afetada pela doença em 2024.

O que é a febre do Oropouche, que está crescendo no Brasil

(Imagem: Ministério da Saúde/ Reprodução)

 

Sobre a febre do Oropouche

Há mais de 50 anos presente no Brasil, o vírus da febre do Oropouche foi identificado pela primeira vez durante a construção da rodovia Belém-Brasília. Chamado de OROV (Orthobunyavirus oropoucheense), ele é um arbovírus, assim como aqueles que causam a dengue e a chikungunya.

Isso significa que o OROV também é transmitido tendo mosquitos como vetor. No caso da febre do Oropouche, são os insetos conhecidos como maruim (Culicoides paraensis e Culex quinquefasciatus) que costumam transmitir a doença

Assim como a dengue e a chikungunya, os sintomas da febre do Oropouche são dor de cabeça, dor muscular, dor nas articulações, dor nas costas e lombar, náusea e diarreia. Além disso, a pessoa apresenta uma febre de início súbito.

Esses sinais tendem a durar de dois a sete dias, período em que é possível realizar um teste RT-PCR para identificar a presença do vírus OPOV no organismo. Como não há tratamento específico para a febre do Oropouche, os pacientes devem tratar os sintomas em acompanhamento com médico e permanecer de repouso.

Prevenção da doença

A transmissão acontece por mosquitos, e por isso autoridades sanitárias afirmam que a melhor prevenção é evitar a proliferação e as picadas dos vetores. As recomendações são as seguintes:

  • Remover objetos com água parada que possam ser possíveis criadouros de mosquitos;
  • Evitar áreas onde há muitos mosquitos, se possível;
  • Usar roupas que cubram a maior parte do corpo;
  • Aplicar repelente nas áreas expostas da pele.
Bárbara Giovani

Bárbara Giovani

Jornalista de ciência que também ama música e cinema. Já publicou na Agência Bori e participa do podcast Prato de Ciência.

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