Desde o último fim de semana, Manaus e diversas cidades do Amazonas vivem sob uma nuvem espessa de fumaça que aparece até em imagens de satélites da NASA.
Manaus enfrenta uma crise de poluição do ar há quatro dias, afetando a qualidade do ar na capital. Segundo o governo do Amazonas, a fumaça que encobre Manaus é consequência dos incêndios florestais, sobretudo no sul do estado.
De acordo com o monitoramento da plataforma World Air Quality Index, Manaus chegou a figurar entre as cidades com a pior qualidade de ar do mundo.
Isso porque, desde o último dia 9, a fumaça invade diferentes pontos de Manaus, tornando a qualidade do ar “muito ruim”, conforme o Selva (Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental), da UEA (Universidade do Estado do Amazonas).
Manaus, 2024 – Dias normais / Pelo menos 3° dia com fumaça pic.twitter.com/Gmy6EexfVZ
— FH (@araujofhn) August 11, 2024
Queimadas e frente fria
A Defesa Civil emitiu alerta explicando que o problema se intensificou após a combinação dos focos de queimada e a chegada de uma frente fria ao sul do estado. Desse modo, a frente fria empurrou a fumaça para a região metropolitana de Manaus, mas a situação estende por cidades da região chamada “arco do fogo”, famosa pelos altos índices de desmatamento e queimada.
As imagens da NASA mostram a presença da nuvem de fumaça em regiões do Amazonas e do Pará. De acordo com a NASA, essa fumaça está “frequentemente associada a áreas de desmatamento recente”. Veja, abaixo:
Em julho, o Amazonas registrou o maior número de incêndios para o mês desde o início dos registros em 1998. Além disso, o Amazonas registrou um aumento significativo no número de focos de queimadas nos primeiros 11 dias de agosto de 2024.
Segundo o INPE, houve um aumento de 190% em relação ao mesmo período do ano passado.
Contudo, as imagens da NASA, feitas pelo sistema MODIS, do satélite Aqua, são de 4 de agosto. Ou seja, antes da nuvem de fumaça chegar à cidade de Manaus.