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O Sony Playstation VR tem tudo para deixar os concorrentes para trás

Gadget de realidade virtual da Sony tem potencial para fazer as pessoas se importarem com a tecnologia por grande número de donos de PS4.

Quase ninguém liga para a realidade virtual. A indústria de VR obviamente se importa, e as pessoas que cobrem a área também. Talvez alguns jogadores entusiastas com bastante tempo e dinheiro livre também liguem para isso.

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Mas o resto do mundo? Não tá nem aí. Já sofremos com a experiência de tênis no Virtual Boy da Nintendo há 20 anos, e também testamos muitas outras demonstrações naquela época, além de também termos ouvido falar bastante sobre as maravilhas que o Oculus Rift e o HTC Vive podem fazer nos últimos anos, até descobrirmos que eles serão caros demais.

O cavalo de Troia Playstation VR

As pessoas já têm uma imagem na cabeça do que é a realidade virtual, e não é das melhores. É aí que entra o PlayStation VR: ele tem poder para fazer as pessoas se importarem com a tecnologia.

Por US$ 400, ele não apenas é mais barato que seus principais concorrentes – ele também tem uma base enorme de potenciais consumidores que já investiram em um PlayStation 4.

O Rift custa US$ 600, mas precisa de um computador extremamente potente para funcionar. Mais pessoas possuem um PS4 do que um desses PCs. A Sony já vendeu cerca de 38 milhões de PS4 – tem muito menos gente por aí com um computador com placa gráfica para a realidade virtual.

Não apenas ele será mais barato para aqueles milhões de donos de um PlayStation 4 como também será bem mais fácil de ser configurado. A Sony trabalha com uma peça conhecida de hardware – o PS4 – e pode criar uma solução bem simples de plug-and-play.

Eles podem estragar tudo, claro, mas estou dando o benefício da dúvida para a empresa. Um dos maiores problemas dos sistemas de realidade virtual disponíveis no mercado é que eles são apenas para entusiastas. Você precisa um de um certo grau de conhecimento em gadgets para configurar um Vive ou um Rift. Já o PS VR foi feito para o mesmo consumidor que tem um PS4 e já tem familiaridade com seus acessórios. Diga o que quiser sobre o conteúdo e a qualidade do PlayStation, mas é inegável que qualquer pessoa consegue ligá-lo na TV para assistir a um filme em Blu-Ray.

O PS VR também virá com uma quantidade considerável de jogos em seu lançamento. Mais de 230 desenvolvedores trabalham em projetos para a plataforma, incluindo alguns nomes grandes que você já deve ter ouvido falar, como a Ubisoft e a 2k Games. O Rift e o Vive vão ter alguns títulos quando forem lançados, e provavelmente exibirão gráficos melhores do que o PS VR, considerando que a placa Nvidia Titan faz coisas que o PS4 não consegue.

Mas ser acessível costuma ser mais importante do que ter especificações técnicas de respeito. Pelo menos quando falamos com o público geral.

Eu sei o que você deve estar pensando. O Samsung Gear VR e o Google Cardboard são acessíveis. Sim, eles são, e sistemas de realidade virtual que funcionam em parceria com o Android são mais baratos mesmo. Mas é difícil se divertir com eles por muito tempo – a tela fica próxima demais aos olhos e acaba incomodando um pouco, e o conteúdo disponível ainda não é muito animador.

O PS VR, por sua vez, tem potencial para ser um cavalo de troia. Ele vai se infiltrar na defesa do público e descarregar um exército para conquistar o mundo. O PS VR tem potencial para fazer as pessoas se importarem.

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