Em vez de confiar em abordagens agressivas como quimioterapia e tratamentos por radiação, tecnologias de ponta buscam curar o câncer com cirurgias, identificando e eliminando as mutações que fazem com que as células cresçam desordenadamente. E a arma secreta dessa luta pode ser um computador que já conhecemos.
Watson, o supercomputador da IBM, alcançou a fama quando venceu dois participantes humanos no programa de TV Jeopardy!, em 2011. E desde então, o computador se manteve ocupado, fazendo as vezes de chef, bartender, e até atuando como um pseudo-médico. Watson até já analisou casos de câncer antes. Mas a última abordagem dele é a mais impressionante.
Médicos de clínicas participantes enviarão a impressão digital do DNA de um tumor e o Watson vai vasculhar seu banco de memória para descobrir qual é a mutação está fazendo o tumor crescer, e qual droga — aprovada ou experimental — é melhor para atacar a doença, baseando no conhecimento que o computador tem de dados de medicina e em todos os testes clínicos que alimentaram o cérebro dele.
Desta forma, ele não está apenas se igualando aos médicos: ele está usando o obsceno poder computacional que detém para encontrar a melhor cura. Não é um sistema que vai repentinamente erradicar o câncer — existirão tumores com os quais o Watson não saberá lidar, e radiação/quimioterapia ainda são os melhores tratamentos para alguns casos — mas é um grande passo no caminho de uma medicina mais personalizada e efetiva. [Reuters]