Obama propôs a criação de um app para rastrear armas de fogo perdidas
O presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou um novo decreto para diminuir a violência armada no país, com diversas novas políticas, incluindo um registro nacional para os vendedores de armas. Mas ele também pediu para fabricantes “atualizarem a tecnologia das armas de fogo”, o que incluiria não apenas travas biométricas, mas também uma nova ideia de rastreamento de armas através de um app.
“Se existem apps que conseguem encontrar tablets perdidos, o que acontece bastante comigo”, ele disse. “Se podemos fazer isso para um iPad, então não tem como não conseguirmos fazer isso com armas roubadas.”
O conceito de “armas de fogo inteligentes” – pistolas biometricamente registradas que só podem ser desbloqueadas com as impressões digitais do proprietário – já existe há algum tempo, mas essa ideia muda um pouco a tecnologia existente que pode nos ajudar a deixar as armas longe das mãos erradas.
É completamente possível realizar isso com a tecnologia que temos hoje. Armas em rede, por exemplo, estão sendo propostas por alguns departamentos de polícia nos EUA não apenas para monitorar a localização delas, mas também para que autoridades sejam avisadas de onde e quando elas são descarregadas.
Tirando o fato de que Obama vai precisar convencer fabricantes de armas a incorporar chips rastreáveis em suas armas, a proposta também vai confrontar algumas questões de privacidade. Uma arma é um pouco diferente de se localizar do que um iPhone, apesar de que esperamos que as pessoas não usem a ferramenta para sair caçando uma arma perdida. Os proprietários de armas de fogo vão poder usar o “Find My Gun” para localizar o fuzil que perderam na garagem de casa? Ou a capacidade de busca ficará limitada a agentes da lei?
Armas de fogo são um tema polêmico e que precisa ser abordado nos EUA – atualmente, elas matam tanto quanto carros. Como existe muita tecnologia e pesquisa dedicada a evitar que carros matem pessoas, as mortes no trânsito estão diminuindo. A mesma coisa deveria acontecer com as mortes por armas de fogo.
AP Photo/Pablo Martinez Monsivais