
OMS publica novas diretrizes sobre o uso do sal
Em janeiro deste ano, o Departamento de Nutrição e Segurança Alimentar da OMS (Organização Mundial da Saúde) lançou novas diretrizes para a substituição do sal.
Devido aos perigos da alta pressão arterial e dos riscos de doenças cardiovasculares causados pelo mineral, a organização recomenda a utilização de substitutos de sal com baixo teor de sódio — como o sal enriquecido com potássio. Mas embora o uso esteja se popularizando, ainda não havia uma orientação global para a ingestão dos substitutos – pelo menos até agora.
Considerando que esses substitutos costumam incluir cloreto de potássio para se aproximar do sabor do sal, preocupações surgiram a respeito dos riscos da hipercalemia. Ou seja, o alto nível de potássio no sangue – perigoso sobretudo para quem tem problemas de função renal.
OMS faz recomendações para reduzir consumo de sódio
Sendo assim, para ajudar seus Estados-Membros na meta de reduzir a ingestão em até 30% até o final da década, a OMS publicou sua diretriz oficial. Algumas estratégias já divulgadas pela organização são:
- comer alimentos frescos e evitar processados e ultraprocessados;
- cozinhe com pouco ou nenhum sal e comer alimentos com menor teor de sódio;
- trocar o sal comum por opções com baixo teor de sódio, como ervas e especiarias;
- limitar o uso de molhos comerciais, temperos e produtos instantâneos;
- retirar o saleiro da mesa.
Vale lembrar, aliás, que a recomendação da OMS é de menos de 2 g de ingestão de sódio por dia — o que equivale aproximadamente a 1 colher de chá rasa de sal.
Além disso, anualmente, o mundo tem 1,9 milhões de mortes por alta ingestão de sódio. E, segundo a instituição, a média global de ingestão continua acima de 4g diárias – ou seja, maior do que o dobro da recomendada.
Por fim, também é possível ler o guia completo de recomendações da OMS para a substituição do sal, em inglês, neste link.
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