Alternativa open-source ao Microsoft Office pode acabar por falta de desenvolvedores

O OpenOffice é uma das alternativas de código aberto mais populares ao Microsoft Office, com 29 milhões de downloads só no ano passado.

O OpenOffice é uma das alternativas de código aberto mais populares ao Microsoft Office, com 29 milhões de downloads só no ano passado. Infelizmente, há tão poucas pessoas trabalhando no projeto que ele pode ser fechado.

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Dennis Hamilton, vice-presidente da Apache OpenOffice, diz em e-mail interno que “não há pronto fornecimento de desenvolvedores que têm a capacidade, habilidade e vontade de complementar a cerca de meia dúzia de voluntários que mantêm o projeto”.

Por isso, Hamilton pergunta aos outros membros como o projeto poderia ser encerrado. Inclusive, o conselho da Apache “quer saber quais são as considerações do projeto com relação a aposentá-lo”.

Como nota o Ars Technica, muitos desenvolvedores deixaram o OpenOffice para trabalhar no LibreOffice, outra alternativa à suíte de produtividade da Microsoft.

Isso pode ser um problema na hora de resolver falhas de segurança. Em julho, o OpenOffice emitiu um alerta sobre uma vulnerabilidade que não tinha correção; uma das sugestões para evitá-la era… usar o LibreOffice ou o Microsoft Office. O patch demorou um mês para ser lançado. Com poucos programadores na equipe, esse tipo de situação poderia facilmente se repetir.

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Imagem por Ubuntued

Enquanto o LibreOffice lança atualizações frequentes, o mais recente update do OpenOffice foi a versão 4.1.2 em outubro de 2015. Essa foi a única versão do OpenOffice no ano passado, e foram apenas duas alterações de versão em 2014. O LibreOffice teve 14 atualizações só no ano passado.

O LibreOffice é a suíte padrão de produtividade nas principais distribuições Linux, e tem mais de 100 milhões de usuários ativos. Será que o OpenOffice precisa mesmo continuar existindo, apesar de ainda ser relativamente popular?

O OpenOffice se tornou um projeto open-source em 2000, sob o comando da Sun Microsystems. A empresa foi adquirida pela Oracle em 2010 e – como ela nem sempre se dá bem com projetos de código aberto – foi criado o fork do LibreOffice. Após isso, a Oracle passou o comando do OpenOffice para a Apache Software Foundation.

Outras alternativas ao Microsoft Office incluem o SoftMaker FreeOffice (versão gratuita com menos recursos do SoftMaker Office) e o WPS Office (com versões gratuita e paga).

[Ars Technica]

Foto por viZZZual.com/Flickr

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