Uma câmera que pode ser colocada em qualquer óculos é uma baita solução para deficientes visuais

Quando eu vi esse aparelhinho em um estande da CES, me lembrei do Google Glass. Só que quando eu parei para ouvir sobre as funcionalidades e objetivos, conclui que era um projeto muito mais legal. O dispositivo se chama OrCam MyEye 2 e é uma ferramenta para pessoas com deficiências visuais ou com dislexia. Basicamente, […]
Alessandro Feitosa Jr/Gizmodo Brasil

Quando eu vi esse aparelhinho em um estande da CES, me lembrei do Google Glass. Só que quando eu parei para ouvir sobre as funcionalidades e objetivos, conclui que era um projeto muito mais legal. O dispositivo se chama OrCam MyEye 2 e é uma ferramenta para pessoas com deficiências visuais ou com dislexia.

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Basicamente, ele é equipado com uma câmera de 13 megapixels, um pequeno alto-falante na traseira e uma inteligência artificial que lê o mundo ao redor do usuário e conta a ele o que vê. O aparelhinho é bem leve e funciona com qualquer par de óculos que você possa imaginar.

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A caixinha dele vem com um acessório magnético que você encaixa nas hastes do seus óculos. Depois disso, é só aproximar o MyEye 2 para ele grudar.

O aparelho ajuda a reconhecer as pessoas com quem você está falando, por meio de uma base de dados que o próprio usuário vai configurando em um aplicativo para celular. Basicamente, a primeira vez que você falar com alguém, uma foto (que a empresa diz ser armazenada em forma de metadado) é tirada e então você define o nome dela via comando de voz. No próximo encontro, ele dirá quem é. Se você estiver falando com estranhos, o dispositivo te dirá se é um homem ou uma mulher.

Durante a demonstração no estande da companhia, o dispositivo de um dos representantes reconheceu o meu rosto rapidamente – ele conseguiu fazer isso a partir da base de dados de jornalistas cadastrados na feira de tecnologia, que precisam enviar uma foto de identificação.

Eu achei super esquisito, mas ele garantiu que não há nenhum dado armazenado na nuvem. Cada dispositivo é pessoal, precisa ser configurado manualmente para reconhecer pessoas e tudo fica armazenado localmente.

Além disso, o aparelho é capaz de ler textos em qualquer superfície, identificar diferentes notas de dinheiro e até reconhecer códigos de barras. Para não sair lendo tudo descontroladamente, o usuário precisa apontar o que deseja que seja descrito.

Toda a leitura do mundo é transmitida pelo pequeno alto-falante na traseira. Porém, se o usuário quiser mais privacidade, é possível conectar um fone de ouvido bluetooth.

Me pareceu uma solução bem promissora de acessibilidade. O problema é que a bateria dele não parece durar muito tempo – relatos de usuários contam que uma carga oferece autonomia de aproximadamente duas horas de uso contínuo. O dispositivo, inclusive, é recarregado por uma porta magnética que lembra o MagSafe, da Apple. O único jeito de contornar essa limitação é levando sempre um power pack – o que tira a vantagem da mobilidade.

Atualmente, o OrCam é vendido para 22 países e suporta 37 idiomas – o Brasil e o português estão inclusos na lista. O problema dele é o preço: US$ 4.500 (R$ 16.563 na cotação atual)

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O jornalista viajou para Las Vegas a convite da CTA, empresa que organiza a CES.

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