Paleontólogos podem ter encontrado o animal mais pesado da Terra

Esqueleto parcial encontrado no Peru é de animal marinho que viveu há 39 milhões de anos e pesava entre 85 e 340 toneladas
ilustração de como seria a baleia cujos ossos foram encontrados no Peru
Imagem: Alberto Gennari/Reprodução

Paleontólogos do Peru acreditam ter encontrado o animal mais pesado que já existiu no planeta Terra: uma nova espécie de baleia, chamada Perucetus colosso. Ela viveu há 39 milhões de anos e deve ter pesado entre 85 e 340 toneladas. Para comparação, a maior baleia azul já registrada pesava 190 toneladas.

Os pesquisadores encontraram os fósseis em 2010, no sul do Peru. Eles reuniram um esqueleto parcial da baleia, com quatro costelas, 13 vértebras e um osso pélvico quebrado. Eles fizeram a datação por carbono do sedimento que estava ao redor dos ossos e publicaram o estudo na última quarta-feira (2), na revista Nature.

A equipe se baseou nos ossos que encontrou para construir um modelo de como seria o esqueleto completo do animal, comparando seus ossos com os de espécies semelhantes que viveram na época. Eles acreditam que a cabeça da Perucetus colosso era pequena em relação ao seu corpo de 20 metros de comprimento.

Os pesquisadores não sabem ao certo do quê a baleia se alimentava, devido à ausência do crânio do animal. Isso porque o formato da boca e dos dentes entregaria pistas sobre isso. Mas eles especulam que a Perucetus colosso pode ter se alimentado de fauna bentônica, como moluscos ou crustáceos, ou de algas marinhas – embora este cenário seja improvável, pois este seria o único caso conhecido de um cetáceo herbívoro.

Mistérios da alimentação à parte, a possibilidade de ter encontrado o animal mais pesado que se tem notícia já é uma baita descoberta. Ela pode melhorar a compreensão dos cientistas sobre a evolução dos cetáceos – grupo do qual baleias e golfinhos, por exemplo, fazem parte.

“[As descobertas mostram que o] pico de massa corporal dos cetáceos já havia sido atingido cerca de 30 milhões de anos antes do que se supunha”, escrevem os pesquisadores no artigo.

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