“Parecia o Virgem de 40 anos”: Rodrigo Santoro sobre a depilação em “300”

Rodrigo Santoro comentou que Xerxes era um personagem totalmente diferente do que ele já havia feito, e que teve uma preparação difícil para interpretá-lo
Rodrigo Santoro
Imagem: Divulgação/Warner Bros.

Lançado em 2006 e dirigido por Zack Snyder, “300” foi um grande sucesso nos cinemas. No entanto, trabalhar nessa produção não foi uma tarefa fácil para Rodrigo Santoro. Em recente entrevista para o The Jess Cagle Show, da SiriusXM (Via EW), o ator brasileiro revelou sua dolorosa experiência que teve para o filme.

Para quem não se lembra, o personagem de Santoro é totalmente exagerado em seu visual, com brincos, anéis e outras ornamentações pelo corpo inteiro. No bate-papo, o ator comentou que Xerxes era algo totalmente diferente do que ele fez, e que teve uma preparação difícil para interpretá-lo. O brasileiro relembrou a primeira experiência de depilação com cera quente na época que trabalhou com Zack Snyder, que ficou longe de ser agradável. 

“A descrição [de Xerxes] tinha nove pés de altura, a voz de um trovão e sem pelos, como um réptil ou algo assim. Assim como sem pelos, não apenas a cabeça, o corpo inteiro”, explicou Santoro. “Aprendi tantas lições, Jess. Em primeiro lugar, um tremendo respeito pelas pessoas que depilam seus corpos.”

Santoro então contou a história de uma visita a um local de depilação no Canadá, onde uma mulher entrou e pediu que ele escolhesse entre cera quente e fria. Porém, depois de algum tempo no local, ele desistiu da sessão. “Eu tive que escolher a temperatura da cera, eu acho que elas causam efeitos diferentes, mas de qualquer forma, disse, ‘Ok, quente’. Então ela apenas colocou aquilo no meu peito, e quando eu estava prestes a perguntar algo, ela simplesmente puxou com tudo. Eu nunca vou esquecer isso, isso me lembrou daquele filme, ‘O Virgem de 40 Anos’ Steve Carell, incrível. E disse, ‘Não, não, não. Pare, pare’”, relembrou o ator. 

“Ela pegou uma toalha, enrolou, e disse: ‘Morda’. Ela queria que eu mordesse uma toalha. Então ela depilou a metade do meu tronco, e eu disse: ‘É o suficiente. É o suficiente. Muito Obrigado. Aprendi. Eu vou usar a lâmina’. E foi isso. Então eu desisti da depilação, porque era o corpo inteiro. Eu não sou um cara muito peludo, mas eu tenho algum pelo, e foi muito doloroso”, acrescentou o ator. Rodrigo Santoro então passou a se barbear com uma navalha e a produção comprimiu sua agenda para ajudar a diminuir a necessidade de ele fazer isso repetidamente. “Trabalhei três semanas seguidas”, concluiu.

“Portanto, não precisei fazer isso por muito tempo. Tive cinco horas de preparação desde o momento em que comecei até o momento em que estou pronto para ir para a câmera. Cinco horas e depois mais uma hora e meia para tirar tudo antes de dormir. Fui o primeiro a chegar e o último a sair do set junto com as pessoas que estavam cuidando de mim”, explicou. Além disso, Santoro disse que não é frequentemente reconhecido por seu papel em “300”. Em vez disso, os fãs o abordam com muito mais frequência citando “Love Actually” ou “Westworld”.

Dirigido por Zack Snyder, “300” foi um grande sucesso, que arrecadou um total de US$ 456,1 milhões. O filme adapta os quadrinhos de mesmo nome escritos por Frank Miller, autor de “Batman: O Cavaleiro das Trevas”. O elenco conta Gerard Butler, Lena Headey, David Wenham, Rodrigo Santoro, Michael Fassbender, Dominic West, entre outros.

“Em 480 A.C., existe uma guerra entre a Pérsia, liderada pelo rei Xerxes, e a Grécia. Na batalha de Termópilas, Leônidas, rei da cidade grega de Esparta, lidera seu guerreiros em desvantagem contra o massivo exército persa. Mesmo sabendo que a morte certa os espera, seus sacrifícios inspiram toda a Grécia a unir-se contra o seu inimigo comum”, diz a sinopse. Vale lembrar que “300” está disponível na HBO Max. Veja o trailer da produção:

Rayane Moura

Rayane Moura

Rayane Moura, 26 anos, jornalista que escreve sobre cultura e temas relacionados. Fã da Marvel, já passou pela KondZilla, além de ter textos publicados em vários veículos, como Folha de São Paulo, UOL, Revista AzMina, Ponte Jornalismo, entre outros. Gosta também de falar sobre questões sociais, e dar voz para aqueles que não tem

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