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Paul McCartney revela que usará IA para lançar música final dos Beatles

McCartney revelou no programa "Today", da BBC Radio 4, que a tecnologia permitiu “extrair” a voz de John Lennon de uma gravação antiga, provavelmente uma canção de 1978. Saiba detalhes!

Assim, os fãs estão em alerta! Paul McCartney acaba de revelar que os Beatles terão uma música final – e tudo graças à inteligência artificial. Segundo o astro, a faixa está pronta e será lançada em breve, neste ano ainda. A canção, ainda sem nome, foi produzida com ajuda de um programa de IA.

De acordo com McCartney, que contou os detalhes no programa Today, da BBC Radio 4, a tecnologia permitiu “extrair” a voz de John Lennon de uma gravação antiga. Com parte da composição em mãos, Paul conseguiu terminar a música.

Música de 1978?

A demo estava em uma fita cassete que Yoko Ono deu para ele. O artista ainda não revelou qual é a faixa, mas especula-se que seja uma composição de Lennon de 1978, intitulada “Now And Then”.

Os Beatles já tinham considerado essa como uma possível “canção de reunião” em 1995, quando estavam compilando a série “Anthology”, que engloba toda a carreira dos quatro rapazes de Liverpool.

Trata-se de uma entre várias faixas daquela mesma fita cassete, chamada “For Paul”, que Lennon havia preparado em 1980, pouco antes da sua morte. Em grande parte, as faixas foram gravadas no piano, no apartamento do compositor, em Nova York.

Segundo os rumores, havia diversos problemas técnicos com a gravação original, que apresentava um zumbido. Em 2009, foi lançada em um CD pirata uma nova versão da demo, sem os ruídos de fundo.

Imagem: Divulgação

Como surgiu o projeto

Jeff Lynne (do Electric Light Orchestra) já havia finalizado e lançado duas outras faixas da fita, “Free As a Bird” e “Real Love”, anteriormente, em 1995 e 1996 no “Beatles Anthology”. As duas canções foram consideradas o primeiro “novo” material dos Beatles em 25 anos.

A banda já tinha tentado gravar “Now And Then”, uma música romântica, mas deixou os ensaios de lado. Segundo Lynne, a música tinha um refrão, mas quase não tinha versos.

Nos anos seguintes, Paul comentou diversas vezes sobre o seu desejo de finalizar a canção. George Harrison disse uma vez que a música era “um lixo” e se recusou a trabalhar nela. O guitarrista da banda morreu em 2001.

“George não gostou. Sendo os Beatles uma democracia, nós não fizemos isso”, disse McCartney à Q Magazine. Para Paul, a gravação não tinha um título muito bom, precisava de reformulação, mas tinha um belo verso e John cantando.

Com a tecnologia, o músico teve a oportunidade de alcançar o objetivo. O ponto de virada foi o documentário “Get Back”, de Peter Jackson. Assim, o editor, Emile de la Rey, conseguiu fazer o computador reconhecer as vozes de cada beatle e separá-las dos ruídos e dos instrumentos.

“Ele conseguiu ‘extrair’ a voz de John de um pequeno trecho da fita cassete”, contou McCartney ao programa da BBC. “Tínhamos a voz de John e um piano e ele poderia separá-los com IA. Eles dizem à máquina: ‘Essa é a voz. Isso é uma guitarra. Tire a guitarra’.

O mesmo processo permitiu o “dueto” de Paul com Lennon na sua tour mais recente, e também o lançamento de novas mixagens de som surround do álbum “Revolver” no ano passado.

McCartney revela preocupação com IA

O cantor afirmou ao programa de rádio que tem receios com algumas aplicações da IA. “Eu não fico muito na internet, [mas] as pessoas vão me dizer: ‘Ah, sim, tem uma faixa em que John está cantando uma das minhas músicas’, e é só IA, sabe? É meio assustador, mas empolgante, porque é o futuro. Teremos apenas que ver aonde isso leva”, disse, por fim.

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