O município de São Luiz, no interior de Roraima, é a casa de um ilustre E.T. Calma, não tem nada a ver com um visitante vindo de outro planeta. É que uma pedra no quintal de uma chácara se assemelha muito com o famoso personagem do filme de Steve Spielberg — um clássico da Sessão da Tarde.
A pedra fica no quintal de Marino Barreto Caldas, de 58 anos, que trabalha como diretor de Meio Ambiente de São Luiz. Ela foi descoberta em 2002, porém tem chamado a atenção só agora, após um incêndio atingir árvores e plantas do local.
A Pedra do ET, como foi apelidada, teria sido esculpida por uma combinação de processos naturais de transformação e desgaste químico e físico.
Em entrevista ao G1, o doutor em Geologia Sedimentar da Universidade Federal de Roraima (UFRR), Fábio Luiz Wankler, explicou que o formato exótico da pedra é possível pela combinação de três processos geológicos (de nome complicado): caneluras, bacias de dissolução e esfoliação esfenoidal.
São esses os fenômenos responsáveis por arredondar a pedra, deixando-a com a forma da cabeça do ET, e fazer os entalhes que lembram suas feições do rosto. Trata-se de um processo que levou centenas ou mesmo milhares de anos para acontecer. Segundo, Fábio a própria base em a pedra que está ancorada não estava ali desde sempre, mas rolou de cima da encosta.
Em 2021, a pedra foi tombada pela Secretaria Municipal de Turismo e Meio Ambiente como Paisagem Natural de São Luiz. Desde então, ela se tornou ponto de visitação obrigatório para turistas do município. Segundo o proprietário da chácara, a visitação é gratuita. Mas, durante a 24ª edição da tradicional vaquejada do município, prevista para ocorrer no fim deste ano, os interessados precisarão pagar um valor ainda não definido.