A lista de coincidências envolvendo o peixe-remo, espécie vista como um “prenúncio” de desastres naturais por lendas antigas, só cresce. A mais recente é que a espécie foi encontrada no litoral da ilha de Talcán, no Chile, um dia antes do terremoto que abalou a região central do país, no dia 8.
O tremor foi de 5,3 graus na escala Richter a uma profundidade de 79 quilômetros. A precipitação causou quedas de energia e pequenos danos a edifícios e infraestruturas, disse o governo chileno.
Moradores encontraram o animal de 4,5 metros morto na praia. Nas lendas originais do Japão, avistar esses peixes nos litorais é sinal de que acontecerá um terremoto, tsunami ou furacão em breve.
Vara Pez Remo de 4.5 metros de largo en playas de Isla Talcán, Chaitén, #Chile. (07.11.2022). #zabedrosky #Aparece #Sismo #Temblor #Earthquake #Oar #Fish #Chiloe https://t.co/HQTEAXu8f3
— Alerta Climagram (RIP) (@deZabedrosky) November 8, 2022
Peixes-remo podem viver de 200 a 1.000 metros de profundidade. A crença popular diz que, quando sobem para a superfície, eles trazem a mensagem de que pode ocorrer movimentos incomuns das placas tectônicas a qualquer momento.
Alguns desses peixes já foram vistos em Fukushima e cidades próximas, no Japão, antes do terremoto e tsunami que devastaram a região em 2011.
Em julho, biólogos chilenos capturaram um peixe da mesma espécie de 5,8 metros de comprimento no país. À época, a Rede Geocientífica do Chile reforçou que não há evidências científicas que relacionem o peixe ao presságio de terremoto. “Corresponde apenas a uma lenda”.
Além de contar com uma população de peixes-remo que gosta de se exibir, vale notar que o Chile está na zona mais sísmica do mundo, a zona sudeste do Anel de Fogo do Pacífico. Além disso, o país está no encontro das placas tectônicas de Nazca sob a placa sul-americana, o que faz com que enfrente centenas de pequenos terremotos ao longo do ano.