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Petrobras vai usar feixes de laser para medir velocidade e direção do vento

Total investido na nova versão equipamento, batizado de Bravo 2.0, supera os R$ 11,3 milhões. Entenda como a tecnologia funciona

Imagem: Mateus Filipe/Senai/Reprodução

A Petrobras anunciou na última semana que pretende usar feixes de laser para medir a velocidade e direção do vento. A ideia é que os dados sirvam para melhorar a operação das turbinas eólicas que a estatal mantém no Rio Grande do Norte.

O total investido na versão 2.0 do equipamento, batizado Boia Remota de Avaliação de Ventos Offshore (ou Bravo, na sigla), chega a R$ 11,3 milhões.

A tecnologia também é capaz de captar variáveis meteorológicas, como pressão atmosférica, temperatura do ar e umidade relativa. Além de variáveis oceanográficas, a exemplo de ondas e correntes marítimas. Todos esses dados são essenciais para determinar o potencial de uma área para a produção de energia eólica.

“Esperamos uma Bravo 2.0 robusta e capaz de atender às necessidades da Petrobras em relação à medição do potencial eólico offshore no Brasil. Sendo uma alavanca importante para avançarmos nessa nova fonte de energia”, afirmou em um comunicado o diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, Carlos Travassos.

Como funciona a Bravo 2.0 e como ela vai medir o vento

O equipamento pesa 7 toneladas, tem 4 m de diâmetro, 4 m de altura e é alimentado por módulos de energia solar. Na nova versão, um algoritmo criado especialmente para o projeto corrige as informações coletadas de acordo com as mudanças de posição provocadas pelas ondulações do mar e correntes marinhas.

Bravo 2.0 também foi ampliada para abrigar dois sensores Lidar em vez de um. Esse tipo de sensor remoto mede propriedades da luz refletida, e permite estimar a distância de objetos. Isso melhora a coleta dos dados que são transmitidos para um servidor em nuvem, por meio de satélites, para serem analisados posteriormente.

O Bravo 2.0 será lançado a 20 km da costa do Rio Grande do Norte, com apoio da Marinha do Brasil e do consórcio Intersal, que opera o Terminal Salineiro de Areia Branca.

A campanha de testes e medições vai até março de 2024. As informações coletadas pela boia serão comparadas com dados de referência captados por um Lidar fixo, instalado no mesmo terminal. A ideia é validar a funcionalidade e confiabilidade das medições do equipamento.

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