“Pilares da Criação” são capturados pelo telescópio James Webb; confira

O telescópio espacial revisitou uma área do espaço que já havia sido fotografada pelo Hubble em 1995; compare as imagens feitas por ambos
James Webb captura Pilares da Criação
Imagem: NASA, ESA, CSA, STScI; Joseph DePasquale (STScI), Anton M. Koekemoer (STScI), Alyssa Pagan (STScI)/Divulgação

Uma nova foto do Telescópio Espacial James Webb (JWST) foi divulgada pela NASA nesta quarta-feira (19). Dessa vez, o maquinário mirou nos chamados “Pilares da Criação”, um berçário estelar localizado na Nebulosa da Águia, a 6,5 mil anos-luz de distância da Terra.

A estrutura foi capturada pela primeira vez pelo Telescópio Espacial Hubble, em 1995. O mesmo equipamento voltou a olhá-lo em 2014, assim como vários outros observatórios. 

James Webb captura Pilares da Criação

Comparação de fotos tiradas pelo Hubble e James Webb. Imagem: NASA, ESA, CSA, STScI; Joseph DePasquale (STScI), Anton M. Koekemoer (STScI), Alyssa Pagan (STScI)/Divulgação

Porém, a nova foto trás detalhes até então desconhecidos, já que as câmeras do JWST enxergam no espectro infravermelho e acabam invadindo as nuvens de gás e poeira. A imagem em questão foi obtida com o instrumento Near Infrared Camera (NIRCam).

O destaque vai para as estrelas recém-formadas, que assumem tons de rosa e vermelho. De acordo com a agência espacial, alguns desses astros têm apenas centenas de milhares de anos, o que é pouco em escalas astronômicas.

Pilares da Criação capturados pelo James Webb

Imagem: NASA, ESA, CSA, STScI; Joseph DePasquale (STScI), Anton M. Koekemoer (STScI), Alyssa Pagan (STScI)/Divulgação

É possível observar na borda de alguns pilares manchas avermelhadas semelhantes a lava. Elas representam materiais ejetados pelas estrelas que ainda estão se formando dentro do gás e poeira.

A ondulação vista na região é formada pelos disparos em si, enquanto a cor pode ser atribuída às moléculas de hidrogênio, que acabam energizadas como resultado dos jatos e choques. 

Olhando para a imagem, parece que o James Webb foi capaz de capturar além das nuvens de poeira e gás, alcançando o espaço profundo. Isso não é verdade: há uma camada invisível que bloqueia a visão de objetos distantes. É por isso, inclusive, que não há galáxias visíveis na foto.

Com os novos dados, os cientistas poderão estudar a poeira cósmica, que contribui para a formação de estrelas e planetas no espaço. Muitas das observações do James Webb são voltadas para tal fim, como os anéis capturados ao redor do binário WR140 outra foto incrível divulgada na última semana.

Carolina Fioratti

Carolina Fioratti

Repórter responsável pela cobertura de saúde e ciência, com passagem pela Revista Superinteressante. Entusiasta de temas e pautas sociais, está sempre pronta para novas discussões.

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