Pinguim-imperador é o mais novo animal na lista de ameaçados de extinção
Nesta terça-feira (25), o Serviço de Pesca e Vida Selvagem dos Estados Unidos declarou oficialmente o pinguim-imperador (Aptenodytes forsteri) como uma espécie ameaçada de extinção. Segundo as autoridades, a listagem do animal serve como alerta para que as políticas de conservação sejam fortalecidas.
Existem hoje 61 colônias reprodutoras de pinguins imperadores vivendo ao longo da costa da Antártida. Cientistas estimam que 70% dessas colônias podem ser extintas até 2050 se o gelo marinho continuar declinando nas taxas atuais. Até 2100, 98% das colônias podem desaparecer, impossibilitando a recuperação da espécie.
Os pinguins-imperadores dependem do gelo marinho para se reproduzir, buscar comida e evitar predadores. Conforme as emissões de dióxido de carbono aumentam, a temperatura da Terra também aumenta e ocorre o degelo.
A população de animais, que gira em torno de 650 mil espécimes, não seria igualmente afetada. As colônias localizadas nos mares de Ross e Weddell, por exemplo, permaneceriam estáveis, enquanto aquelas localizadas no Oceano Índico, Oceano Pacífico Ocidental, mar de Bellingshausen e mar de Amundsen devem diminuir em mais de 90% devido ao derretimento do gelo marinho.
Agora, os pinguins devem ser protegidos pela Endangered Species Act (Lei de Espécies Ameaçadas). O objetivo da classificação é promover a cooperação internacional para a criação de estratégias de proteção das espécies, aumentar o financiamento para programas de conservação, estimular a pesquisa e fornecer ferramentas concretas para a redução de ameaças.