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O mais misterioso dos planetas do TRAPPIST-1 finalmente revela alguns segredos

Agora, sabemos também um pouco mais sobre o TRAPPIST-1h, o planeta mais distante do bando

Agora que o TRAPPIST-1 é o sistema estelar mais badalado da galáxia, astrônomos e nerds estão clamando para que saibamos mais sobre ele. O que sabemos é que o sistema de sete planetas contém três deles na zona habitável, o que significa que eles hipoteticamente poderiam ter água no estado líquido e até mesmo vida. Também sabemos que os planetas do TRAPPIST-1 orbitam em torno de sua estrela anã ultragelada muito próximos, o que poderia ser bom ou ruim na busca por vida, dependendo de para quem você pergunte. E, agora, nós sabemos também um pouco mais sobre o planeta mais distante do bando.

• A impressionante hipótese de como o sistema Trappist-1 evitou sua autodestruição
• Caso exista, a vida alienígena no TRAPPIST-1 poderia estar viajando entre os planetas

Um novo estudo publicado nesta segunda-feira (22), na Nature Astronomy, confirma a órbita do planeta TRAPPIST-1h. Usando dados da sonda Kepler, da NASA, uma equipe de pesquisadores conseguiu verificar a frequência previsível com que os seis planetas mais próximos do centro orbitam sua estrela, um padrão chamado de ressonância. Os puxões gravitacionais dos planetas uns nos outros mantêm o sistema inteiro estável.

“Para cada duas órbitas do planeta mais distante do centro, o mais próximo dele faz três órbitas, e o seguinte, 4… 6, 9, 15 e 24”, disse anteriormente ao Gizmodo o astrônomo Dan Tamayo, da Universidade de Toronto Scarborough. “Isso é chamado de cadeia de ressonâncias, e essa é a maior já descoberta em um sistema planetário.”

A equipe usou essa informação para determinar o período orbital do TRAPPIST-1h, que é de 19 dias. A aproximadamente 9,65 milhões de quilômetros de sua estrela, isso coloca o TRAPPIST-1h fora da zona habitável, então é improvável que esse mundo gelado possa ter vida. De acordo com a NASA, a quantidade de energia que o planeta recebe de sua estrela é comparável à luz do sol atingindo o planeta anão Ceres no cinturão de asteroides.

“Descobrimos que o TRAPPIST-1h tem raio de 0,752 R e temperatura de equilíbrio de 173 K (-100ºC)”, escreveram os pesquisadores. “Também medimos o período rotacional da estrela, de 3,3 dias, e detectamos uma série de labaredas consistentes com uma tipo M de baixa atividade e meia idade.”

Embora o TRAPPIST-1h possa não ser o mais chamativo dos planetas no sistema, ele é o mais gelado. E, a essa altura, aceitamos quaisquer detalhes que o TRAPPIST-1 esteja disposto a nos fornecer.

[Nature Astronomy, NASA]

Imagem do topo: NASA

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