O mercado de e-books ainda não decolou no Brasil mesmo com investidas já tendo sido feitas por aqui — olá Positivo e Alfa! Apesar disso, ou talvez justamente por isso, gigantes internacionais da área estão de olho no nosso país. Tudo indica que a Amazon chegará por aqui no segundo semestre com um Kindle barato e muitos e-books em português, mas a Kobo, que se posiciona como “o Kindle para o resto do mundo”, deve chegar antes.
Em São Paulo, na Rakuten Super Expo, feira do grupo que controla a plataforma e produz a linha de e-readers e tablets Kobo, Todd Humphrey, vice-presidente de desenvolvimento de negócios da empresa deu detalhes sobre a chegada da marca ao Brasil. Ela está prevista para ocorrer no final terceiro trimestre e contará com e-readers (importados) de uma linha ainda não anunciada pela Kobo. Preços não foram anunciados, mas lá fora o modelo mais barato, Kobo Wi-Fi, custa US$ 129.
A loja de livros deverá contar com muitos títulos em português, vários gratuitos inclusive, frutos de acordos com editoras locais que ainda estão sendo fechados. O executivo também comentou uma parceria-chave com uma grande cadeia de livrarias para a distribuição dos e-readers, que também serão comercializados no varejo convencional.
A grande vantagem da plataforma Kobo em relação à da Amazon é a liberdade, o que Humphrey chama de “estratégia aberta”. Os e-books são distribuídos em padrões abertos, o que significa que não estão presos aos dispositivos e apps (tem pra iOS, Android e BlackBerry) da Kobo. Bom para leitores, que podem consumir seus livros em qualquer lugar, bom para as editoras, que não ficam à mercê da empresa.
Apesar das diferenças, a Rakuten comunga com a Amazon o desafio de mudar a mentalidade e convencer as editoras a se abrirem para o formato digital. Apesar das dificuldades, Humphrey é otimista; ele acredita que daqui a cinco anos metade dos livros vendidos no Brasil será digital. É esperar (e torcer) para ver. [ZTOP. Foto: Michael Kalus/Flickr]