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Por dentro da fábrica estatal norte-coreana que produz monumentos

Dentro do Estúdio de Arte de Mansudae, um armazém de 120.000 metros quadrados em Pyongyang, milhares de norte-coreanos trabalham para esculpir, pintar e serrar os monumentos que se tornaram sinônimo do país isolado. Mas cada vez mais estes artistas não estão fazendo arte apenas para a Coreia do Norte – eles estão fazendo para outros […]

Dentro do Estúdio de Arte de Mansudae, um armazém de 120.000 metros quadrados em Pyongyang, milhares de norte-coreanos trabalham para esculpir, pintar e serrar os monumentos que se tornaram sinônimo do país isolado. Mas cada vez mais estes artistas não estão fazendo arte apenas para a Coreia do Norte – eles estão fazendo para outros países, que pagam milhões por seus monumentos e esculturas meticulosamente detalhados.

Um relato fascinante da Bloomberg nos dá uma ideia das atividades em Mansudae, que é chamado de “maior fábrica de arte do mundo.” Ela empresa 1.000 artistas, escolhidos de escolas ao redor da Coreia do Norte, e divide em 13 departamentos que lidam com medidas especificas – desde pintura de cenários a monumentos.

De acordo com um artigo diferente do Instituto de Política Econômica Internacional de Seul (citado pelo ArtsAsiaPacific), a Coreia do Norte gasta cerca de 40% do orçamento em “divinização da família Kim” artística, o que explica como surgiu originalmente Mansudae. Mas o estúdio, que supostamente pertence à irmã de Kim Jung Il, Kim Kyong Hui, também está se tornando uma fonte importante de receita de projetos de fora do país. Por exemplo, o Monumento do Renascimento Africana de Senegal foi construído por artistas de Mansudae por cerca de US$ 70 milhões em 2010. Também existem projetos internos, como uma recente recriação de uma fonte Art Nouveau, destruída durante a Segunda Guerra Mundial, para um grupo de oficiais da Alemanha (que, de acordo com a Bloomberg, colocaram fotos de crianças alemãs na escultura para ela não parecer coreana). Itália, Camboja e outros países já pediram trabalhos a Mansudae, também.

Estes pedidos internacionais tornaram Mansudae um dos poucos modos como norte-coreanos viajam pelo mundo. Para completar grandes projetos, como a estatua do Senegal, artistas viveram em dormitórios controlados pelo governo, como explicou Carolina Winter:

De acordo com relatos da imprensa na África e no Camboja, os trabalhadores de Mansudae enviados para outros países viveram sob vigilância. Noland, do Instituto Peterson, suspeita que eles são tratados como qualquer outro norte-coreano. “Eles estão vivendo em um dormitório onde existe uma secretária e segurança, existem meios de mantê-los na linha”, ele explica.

De certa forma, a história da arte moderna é responsável pela explosão no negócio de Mansudae. Desde que o país foi fechado para a agitação massiva que afetou o mundo da arte no fim do século XX, estes artistas ainda são treinados com técnicas clássicas, que há muito foram deixadas de lado em outros países. E isso explica porque a fábrica de arte também produz muitas imitações históricas, também.

Imagem via Marcelo Druck/Flickr

Imagem do Monumento do Renascimento Africano de Senegal via ArtAsiaPacific

Imagem via Marcelo Druck/Flickr

Imagem via Marcelo Druck/Flickr

Imagem de topo via John Pavelka on Flickr.

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