_Tecnologia

Por que as revistas impressas ainda têm seu charme

Não existe nada parecido com abrir uma revista que você gosta, sentir o cheirinho de tinta especial e ver reportagens bem diagramadas com textos aprofundados, não é mesmo? Até existe, que é fazer quase tudo isso (tirando cheirar tinta, que é coisa de viciado), com vídeos e um bocado a mais, no iPad. Mas este […]

Não existe nada parecido com abrir uma revista que você gosta, sentir o cheirinho de tinta especial e ver reportagens bem diagramadas com textos aprofundados, não é mesmo? Até existe, que é fazer quase tudo isso (tirando cheirar tinta, que é coisa de viciado), com vídeos e um bocado a mais, no iPad. Mas este sensacional making-of de uma descolada revista inglesa me faz sentir falta desse tempo longínquo que não volta nunca mais.

A revista em questão é a Little White Lies, uma estilosíssima bimestral de Londres focada em arte. Tudo neste vídeo mostra o capricho do processo de edição: começando pela reunião para decidir o que vai habitar cada página da revista, muito café, a seleção e tratamento das imagens e até o nascimento de uma fonte específica (desenhada à mão inicialmente) para compor o título na capa.

Tão bonito, não é mesmo? Os mais catastrofistas vão dizer que isso – e os jornais, e toda a “velha mídia” – vai morrer. Mas salvo pelos 15 segundos finais, que mostram a impressão e tudo, o processo é quase o mesmo em uma revista digital como, digamos, a Project para iPad. E eu espero que isso não morra. Por mais que eu ame ler blogs e alguns sites, é bacana ler um negócio que é o produto do carinho que jornalistas e designers colocam em um produto bonito para os olhos, onde um cara teve mais de um mês para escrever um artigo e o outro ficou dois dias tirando fotos de alguém para ilustrar uma reportagem. Todo esse processo, acelerado em poucos segundos, é sempre impressionante. [Little White Lies via @_Camillacosta]

Sair da versão mobile