De Power Rangers a Pacific Rim, sempre tivemos um sonho: controlar um robô fodão para salvar o mundo. E agora chegou a hora.
A X Prize Foundation (estilizada como “XPRIZE”) é uma organização sem fins lucrativos comandada por Peter Diamandis que financia grandes desafios tecnológicos. Desde a sua competição inaugural em 1996, os temas dos desafios incluíram alfabetização adulta, inteligência artificial, segurança da mulher e naves suborbitais. Copatrocinado pela All Nippon Airways, o recém anunciado desafio terá quatro anos de duração e premiará US$ 8 milhões para quem criar avatares robóticos controlados por humanos “que remotamente nos permitirão ver, ouvir, tocar e interagir com ambientes físicos e outras pessoas”.
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Diamandis diz que chegou a hora da tecnologia permitir as pessoas ajudarem umas as outras mesmo em longas distancias. De acordo com o atual rascunho das diretrizes da competição, os avatares devem conseguir carregar desde objetos pequenos, como cartas de um baralho, até objetos grandes, como detritos, além de funcionar perfeitamente enquanto são controlados por um operador a 100 quilômetros de distância para estarem elegíveis ao prêmio.
“Nossa habilidade de fisicamente vivenciar outra localização geográfica, ou providenciar assistência terrestre onde é necessário, é limitada por custos e a simples disponibilidade de tempo”, diz Diamandis em um comunicado à imprensa. “O avatar XPRIZE pode permitir a criação de uma audaciosa alternativa que poderá contornar estas limitações possibilitando a nós distribuir mais rápida e eficientemente habilidades e especialidades a distantes localizações geográficas onde são necessárias, eliminando o vão entre distância, tempo e culturas”.
Algumas das ideias que chegam ao XPrize são incríveis. Vista uma roupa e ajude seus pais idosos a cuidar do jardim ou levando o cachorro para passear. Além disso, auxilie também em catástrofes a milhares de quilômetros de distância.
De acordo com as diretrizes atuais, robôs submetidos serão julgados com base nos cinco sentidos. Operadores devem ter visão ampla e percepção de profundidade ao controlar o avatar.
Suas vozes devem ser claras e audíveis para as pessoas interagindo com os robôs e os operadores devem conseguir ouvir sons ambientes. Aplicações também serão julgadas com base no tempo para configurar a máquina e quanto tempo eles poderão operar sem a necessidade de recarregar suas baterias.
Um dos critérios mais interessantes do julgamento é o “toque”. Operadores devem conseguir carregar objetos pesados por até três quilômetros, reconhecer a temperatura dos objetos que tocam, e os sensores devem dizer onde o avatar é tocado por outros.
Existem prêmios menores de US$ 1 milhão que serão distribuídos em abril de 2020 e abril de 2021 (ganhar ou perder um dos prêmios menores não desqualifica a equipe para o prêmio final), e o grande prêmio de US$ 8 milhões será entregue em outubro de 2021. Se quiser competir na XPrize, você pode se inscrever aqui.
Imagem de topo: captura de tela/Universal Pictures/Youtube
[Fast Co]