Prêmio Nobel de Física 2019 celebra pesquisas sobre a origem do universo e exoplanetas

James Peebles, Michel Mayor e Didier Queloz foram premiados por sua pesquisa sobre a evolução do universo e pela descoberta de um exoplaneta em 1995.
Exoplaneta 51 Pegasi b, descoberto por Michel Mayor e Didier Queloz, vencedores do Prêmio Nobel de Física 2019. Imagem: NASA/JPL-Caltech

Os ganhadores do Prêmio Nobel de Física 2019 foram anunciados nesta terça-feira (8) em uma cerimônia em Estocolmo: James Peebles, Michel Mayor e Didier Queloz.

Eles foram premiados por seu trabalho de pesquisa sobre a evolução do universo e pela descoberta de um planeta distante ao redor de uma estrela similar ao Sol em 1995. O prêmio de quase US$ 1 milhão será dividido entre os três.

O canadense James Peebles previu, junto com outros pesquisadores, a existência de radiação cósmica de fundo em micro-ondas, que seriam os vestígios do Big Bang. O cosmólogo, agora com 84 anos e baseado na Universidade de Princeton (EUA), também fez grandes contribuições para a teoria da matéria escura e energia escura, além de ideias sobre a formação de galáxias e de outras grandes estruturas de flutuações de densidades mais antigas no universo.

James Peebles (à direita), Michel Mayor (centro) e Didier Queloz (à esquerda), vencedores do Prêmio Nobel de Física 2019. Crédito: Nobel Media 2019. Ilustração: Niklas Elmehed.

Os outros vencedores, Michel Mayor e Didier Queloz, foram premiados por encontrar 51 Pegasi b, um gigante de gás orbitando uma estrela a 50 milhões de anos-luz. Esse foi o primeiro exoplaneta descoberto ao redor de uma estrela de sequência principal, que são aquelas que fundem átomos de hidrogênio para formar átomos de hélio em seu núcleo. A maioria das estrelas no universo são desse tipo, incluindo o nosso Sol.

Em sua pesquisa, eles utilizaram a técnica pioneira de velocidade radial, capaz de detectar planetas distantes de forma indireta ao medir como uma estrela-mãe “oscila” quando é puxada pela gravidade de um objeto em órbita.

Na época da descoberta, os dois pesquisadores trabalhavam na Universidade de Geneva, na Suíça. Atualmente, Mayor, 77, continua em Geneva como professor emérito, enquanto Queloz, 53, leciona em Geneva e na Universidade de Cambridge (Reino Unido).

Ulf Danielsson, membro do Comitê do Nobel, disse que os dois trabalhos premiados são importantes para entendermos nosso lugar no universo. “O primeiro, investiga a história de uma origem desconhecida, é tão fascinante. O outro tenta responder a essas perguntas sobre: ​​’estamos sozinhos – existe vida em algum outro lugar do universo?'”.

[BBC]

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