Cientistas descobrem como fazer processadores ultrarrápidos de grafeno

O grafeno tem o poder de mudar para sempre a computação, permitindo criar os transistores mais rápidos de todos. Disso nós já sabemos. Mas sempre é algo teórico, que ainda não descobrimos como fazer. Felizmente, cientistas acabam de dar um grande passo rumo a transistores de grafeno que funcionam de verdade. Transistores de grafeno não […]

O grafeno tem o poder de mudar para sempre a computação, permitindo criar os transistores mais rápidos de todos. Disso nós já sabemos. Mas sempre é algo teórico, que ainda não descobrimos como fazer.

Felizmente, cientistas acabam de dar um grande passo rumo a transistores de grafeno que funcionam de verdade.

Transistores de grafeno não são apenas rápidos – eles são insanamente rápidos. Eles chegam a um clock de até 427 GHz, algo muito além do que você consegue com processadores atuais.

Mas há um problema com os transistores de grafeno. Em processadores, eles funcionam como interruptores de sinais elétricos, ou seja: eles precisam ligar e desligar. Só que transistores de grafeno simplesmente se recusam a desligar.

Agora, Guanxiong Liu e sua equipe de pesquisadores da Universidade da Califórnia, Riverside (EUA) descobriram uma solução prática e altamente técnica. Tudo se resume a “não tratar o grafeno como se fosse silício”.

Liu e equipe usam um fenômeno diferente, chamado resistência (diferencial) negativa. Ela é contra-intuitiva: uma corrente elétrica entra no material e faz com que a tensão nele caia, em vez de subir.

Em certas circunstâncias, o grafeno demonstra resistência negativa. Isso permite criar nele um comportamento mais semelhante a um transistor. O MIT Technology Review explica:

A ideia deles foi pegar um transistor padrão de grafeno e encontrar as circunstâncias nas quais ele demonstra resistência negativa… Eles, então, usam a queda na tensão para executar operações lógicas, como uma espécie de interruptor.

Esta estratégia permite criar circuitos de grafeno funcionais, que superam de longe o silício. O único problema é que você precisa projetá-los de forma bem diferente.

As aplicações reais desta tecnologia, como sempre, ficam para o futuro, e há uma série de testes a se fazer até lá. Mas ei, estamos progredindo! Um dia, veremos essa magia do grafeno realmente decolar, para então surgir a pergunta: como vivíamos sem isso antes? [MIT Technology Review]

Imagem por scorpp/Shutterstock

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