Cientistas desenvolveram uma forma de fabricar uma nova geração de chips de computador, que usa nanotubos de carbono em vez de silício.
Os nanotubos possuem diversas propriedades eletrônicas melhores que o silício, mas até agora era impossível fabricar um chip de nanotubos com densidade alta o bastante, a fim de criar um processador eficaz. Agora os pesquisadores da IBM descobriram como fazer isso.
Eles publicaram a pesquisa na Nature Nanotechnology, onde explicam uma nova técnica de fabricação que torna possível espremer tubos o bastante dentro de um chip.
Trata-se de duas soluções químicas que funcionam como um epóxi. Quando eles mergulham a matéria-prima do chip nas duas soluções, isto permite a eles criar dispositivos com nanotubos perfeitamente alinhados, com uma densidade de um bilhão de nanotubos por centímetro quadrado.
Isso parece muito, mas ainda não é o bastante para esta ambiciosa equipe de cientistas. James Hannon, um dos pesquisadores, explica à BBC:
“Isso é um nanotubo para cada 150 ou 200 (bilionésimos de metro). Isso ainda não basta para criar um microprocessador – precisamos aumentar a densidade em dez vezes… Mas já conseguimos multiplicar a densidade por 100 em relação ao que foi feito anteriormente.”
Ou seja, eles conseguiram uma mudança radical na técnica de produção, mas ainda há alguns ajustes a serem feitos. E a equipe prevê que, se conseguir aumentar a densidade de nanotubos no chip, eles poderão criar processadores três vezes mais rápidos do que os melhores existentes hoje – e consumindo um terço da energia. Cruzem os dedos. [Nature Nanotechnology, BBC]
Imagem por TED-43 sob licença Creative Commons