Professor na Austrália dá aulas via videoconferência por estar em quarentena do coronavírus

Professor de matemática do ensino médio encontrou uma forma de manter os seus alunos engajados enquanto ele permanece em quarentena: videoconferências.
Imagem: ABC News

Um professor de matemática do ensino médio na Austrália, que recentemente visitou a China, encontrou uma nova forma de manter os seus alunos engajados enquanto ele permanece em uma quarentena auto-imposta. Ele está dando aulas por meio de videoconferências, em uma sala a oito quilômetros de distância de sua própria casa.

O professor, Victor Sun, disse à ABC News da Austrália que recentemente visitou sua família em Xangai para o Ano Novo Lunar e voltou para Darwin, na Austrália, na última sexta-feira.

O governo australiano criou áreas de quarentena para pessoas que estão sendo evacuadas da província de Hubei, onde fica a cidade de Wuhan, epicentro do surto do novo coronavírus, mas pessoas vindas de outras partes da China foram aconselhadas a realizar uma a auto-quarantena por 14 dias.

“No geral, acho que está indo bem até agora, com o comportamento deles”, disse Sun à ABC News, comentando sobre seus alunos. “Os alunos ainda estão interagindo e se envolvendo com a sala de aula virtual.”

Os estudantes mais jovens parecem ser os mais envolvidos com a novidade, segundo Sun, enquanto os mais velhos não se importam com o lado técnico das coisas e querem simplesmente terminar a aula.

“Não queremos que os alunos fiquem para trás”, disse Sun, acrescentando que as crianças do 2º e 3º ano do ensino médio têm algumas grandes provas a caminho.

A escola de Sun, St. John’s Catholic College, usa um laptop, uma webcam de US$ 150 e faz as videoconferência pelo Zoom. A turma também tem um microfone que pode ser passado pela sala para fazerem perguntas – uma configuração simples de “ensino à distância”.

O novo coronavírus já matou pelo menos 565 pessoas e adoeceu mais de 28 mil. Apesar da preocupação gerada ao redor do mundo, as pessoas estão se ajustando e usando a tecnologia onde podem para garantir que a vida siga normalmente e que o surto não piore.

Educadores na China, no centro da epidemia, estão usando cada vez mais para soluções tecnológicas para que os alunos não fiquem para trás. Mais de 50 milhões de pessoas estão em isolamento, a maior quarentena de saúde pública da história, e as aulas presenciais têm sido adiadas em muitas partes do país.

Muitos professores na China explicam que não têm outra escolha a não ser dar aulas online. E se o novo coronavírus continua a se espalhar, outros países ao redor do mundo podem usar esse modelo para estarem preparados.

fique por dentro
das novidades giz Inscreva-se agora para receber em primeira mão todas as notícias sobre tecnologia, ciência e cultura, reviews e comparativos exclusivos de produtos, além de descontos imperdíveis em ofertas exclusivas