Nesta semana, circulou na internet o vídeo de uma mulher na academia usando um vape de vitaminas. O cigarro eletrônico estava sendo vendido como algo saudável, capaz de fornecer ao usuário produtos naturais benéficos através da inalação.
A publicação foi alvo de críticas e a conta no Instagram que compartilhou as imagens foi logo excluída. Tanto a propaganda quanto a importação e o comércio de cigarros eletrônicos são proibidos no Brasil pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), embora não seja difícil encontrá-los internet afora.
O dispositivo apresentado no vídeo é similar a uma caneta. Na gravação, a modelo diz que o produto não tem nicotina, mas sim “concentrados vitamínicos”. De toda forma, os vapes não foram clinicamente testados para a absorção de vitaminas e não há evidências científicas comprovando os benefícios da prática.
Pelo contrário, profissionais da saúde acreditam que os vapes de vitaminas podem causar lesões pulmonares e outras doenças. O acetato de vitamina E, por exemplo, é uma substância pegajosa capaz de grudar no tecido pulmonar causando EVALI, uma doença pulmonar grave relacionada ao uso de vapes.
Além disso, o cigarro eletrônico não deixa de ser cigarro e, consequentemente, ainda faz mal a saúde. É possível que os vapes transfiram metais e outras substâncias para o organismo, podendo até mesmo causar câncer.
A dica é simples: se você quer melhorar seu desempenho na academia, adicione frutas e vegetais na alimentação, regule seu sono e treine com frequência. O vape está longe de ser um aliado para os marombas.