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Como fazer seu computador ajudar na busca por novas ondas gravitacionais

Trata-se do projeto Einstein@home, que aproveita seu computador enquanto ele estiver ocioso.

No mês passado, o mundo comemorou a confirmação de que ondas gravitacionais existem, provando que Einstein estava certo mais uma vez. Se você quer um pouco da glória em capturar uma ondulação do espaço-tempo, agora é sua chance.

Esta semana, cientistas começaram a alistar pessoas de todo o mundo para ajudar a descobrir mais ondas gravitacionais.

Trata-se do projeto Einstein@home. Ele usa o programa BOINC, mantido pela Universidade da Califórnia em Berkeley, para aproveitar seu computador enquanto ele estiver ocioso.

Para participar, é simples:

– baixe e instale o BOINC, disponível para Windows, OS X, Linux e Android;

– selecione o projeto Einstein@home e clique em “Next”;

– faça um cadastro rápido com e-mail e senha, e complete o cadastro no navegador inserindo seu país e CEP (se você quiser).

É isso. O BOINC permite escolher entre quarenta projetos científicos. O LHC@home roda simulações para melhorar o design do Grande Colisor de Hádrons e de seus detectores; o Milkyway@Home quer criar um modelo 3D preciso da Via Láctea; e o SETI@home quer encontrar vida inteligente fora da Terra detectando sinais de rádio.

Uma dica: vá em Opções > Preferências de computação e ative as duas primeiras opções: desta forma, o BOINC não funcionará enquanto você estiver usando o computador, nem quando ele estiver na bateria (no caso de laptops).

Nesta tela, você também pode selecionar o período de inatividade (na imagem abaixo, são 3 minutos sem entrada do mouse ou teclado), e quanto do CPU o programa pode usar (recomendo deixar em 50% para evitar superaquecimento).

Indo em Ver > Visão Avançada e depois em Opções > Preferências de computação, você encontrará controles mais refinados. Por exemplo, é possível limitar o volume de dados usados pelo BOINC, e limitar seus horários de funcionamento.

Quando você não estiver usando seu PC, o Einstein@home vai usar seu processador e internet para analisar dados coletados pelo LIGO (Observatório de Ondas Gravitacionais por Interferômetro Laser) entre setembro e janeiro.

Este é o mesmo observatório responsável pela primeira descoberta de ondas gravitacionais, cujo sinal foi gerado por um par de buracos negros que colidiram a 1,3 bilhão de anos-luz de distância.

Os físicos não esperam ver outra onda gravitacional tão grande neste lote de dados, mas estão interessados em detectar sinais mais fracos, tais como aqueles produzidos quando uma estrela de nêutrons gira ao redor de outra muito rapidamente. Esses sinais exigem mais tempo computacional para destrinchar, e a melhor maneira de encontrá-los é alistando um grupo de computadores sem nada melhor para fazer.

O LIGO provou que é capaz de detectar ondulações no espaço-tempo; agora, os físicos esperam que as descobertas não parem de chegar. E é a sua vez de pegar a próxima onda.

[Einstein@home via Nature News]

Colaborou: Felipe Ventura. Imagem por Swinburne Astronomy Productions.

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