Prótese criada por estudantes brasileiros ganha “sensação ao toque”
As pessoas que precisam de prótese de braço ou mão perderam o tato e de sentir a textura das coisas. Mas uma criação de estudantes do IMT (Instituto Mauá de Tecnologia), de São Paulo, pode abrir caminho para mudar essa realidade.
Os alunos dos cursos de Engenharia de Controle e Automação e Engenharia Elétrica desenvolveram um acessório para proporcionar uma sensação tátil bem próxima à natural em próteses para membros superiores.
O dispositivo vai em prótese de braços e mãos e, assim, restabelece a sensação de toque em pacientes amputados. Trata-se de uma inspiração no conceito de BioSkin, ou pele artificial, um material que estimula a sensação do tato.
Para entender o acessório, basta pensar em três partes diferentes: uma luva com sensores, um microcontrolador e estimuladores táteis.
Na luva, sensores medem a força que a mão do usuário executará ao tocar ou pegar objetos. Esses sinais elétricos são coletados e enviados ao microcontrolador. O equipamento, então, processa as informações para atuar como motor dos estimuladores táteis.
“Os estimuladores são posicionados de forma estratégica nos membros residuais que possuem uma sensibilidade inalterada”, disse o grupo de pesquisa em entrevista ao site Canaltech.
Isso proporciona à prótese um sentido parecido com o do tato natural, estimulado pelas terminações nervosas dos pacientes. O acessório pode incrementar próteses que já existem e proporcionar aos pacientes mais sensibilidade ao tocar, pegar e segurar objetos.