A Covid-19 chegou em 2020 e deixou a comunidade científica em ebulição. Era pouca informação disponível sobre a letal doença. As descobertas foram acontecendo aos poucos. Primeiro as vacinas –em tempo recorde.
Outras maneiras estão sendo estudadas e aperfeiçoadas (spray, pílulas) para combater o coronavírus. Mas agora, eles podem colocar nessa lista uma descoberta incrível: uma pulseira inteligente que detecta a doença até dois dias antes.
No início, ela tinha o objetivo de sinalizar o período fértil de mulheres. Porém, durante testes a pulseiras foi capaz de detectar a presença da Covid-19 antes mesmo da pessoa apresentar sintomas.
O estudo foi publicado pela revista científica BMJ Open e mostrou que o bracelete AVA conseguiu identificar a doença em 68% dos casos até dois dias antes da manifestação do vírus.
Segundo informações do portal G1, o trabalho reuniu cientistas em um consórcio internacional, com participantes da Alemanha, da Holanda e do Canadá, sob liderança de pesquisadores suíços. Os pesquisadores analisaram dados de mais de 1,1 mil pessoas no ano de 2020.
Dentro desse número, 127 tiveram casos de Covid-19 confirmados e 68% das pessoas infectadas tiveram mudanças em parâmetros corporais percebidos pelo algoritmo criado pelos cientistas.
Os dados utilizados para identificar a doença foram: frequência cardíaca e respiratória. Com o surgimento de sintomas, notou-se uma respiração a mais por minuto durante a noite, aceleração cardíaca de 0.87 batidas por minuto e aumento da temperatura do pulso em 0,18°C.
Usado somente durante o sono pelos participantes da pesquisa, o dispositivo necessita de 4 horas de sono sem interrupção e a sincronização da pulseira com o aplicativo de celular ao acordar para, assim, transferir todos os dados para o AVA.
A AVA está disponível comercialmente por US$ 279 (cerca de R$ 1,5 mil). É o primeiro acessório voltado para a medição da fertilidade que possui o aval da Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos.
Na Holanda, está em fase de testes com 20 mil pessoas participantes. Os resultados da eficácia do acessório como estratégia de saúde pública no combate à pandemia deve sair ainda este ano.