Apesar de parecer uma festa tipicamente brasileira, o Carnaval não é exclusividade nossa. Na verdade, ele é celebrado em diversas partes do mundo, como no Reino Unido e na Itália.
Sua origem, no entanto, parece remontar a festas babilônicas. Na antiga Mesopotâmia, ocorriam as chamadas Sacéias: celebrações em que um prisioneiro assumia por alguns dias a figura de rei.
Ele trocava literalmente de vida, usando as roupas do superior, comendo suas comidas e dormindo com suas esposas. Um período feliz que terminava de forma trágica, com o prisioneiro sendo torturado e depois morto.
A segunda celebração ocorria próximo ao equinócio de primavera, quando era celebrado o ano novo na Mesopotâmia. Para mostrar sua submissão ao deus Marduk, o rei apanhava e era humilhado em seu templo.
Festas greco-romanas também ajudaram a fundar o carnaval. Os bacanais, por exemplo, eram dedicados ao deus do vinho, Baco. Consequentemente, era uma festa marcada pela embriaguez.
A Saturnária e a Lupercália, que também ocorriam em Roma, eram celebrações que duravam dias com muita dança, bebidas e comidas. Nestas, escravos também se vestiam de senhores e vice-versa.
Origem do Carnaval
Já falamos sobre as raízes do Carnaval, mas qual é a origem da festa como conhecemos hoje? É nesta parte que a Igreja Católica entra na história.
A igreja se incomodava com tais celebrações depravadas. Por isso, resolveu ressignificar a festa, relacionando-a ao jejum que ocorre durante a Quaresma.
Carnaval vem do latim carnis levale, que significa “retirar a carne”. Esse seria o último dia antes que os fiéis abdicassem de todos os prazeres até a Páscoa.
Já no Brasil, a festa se instaurou durante o período colonial, quando uma brincadeira trazida pelos portugueses chamada entrudo começou a ser praticada pelos escravos. Basicamente, as pessoas saíam às ruas jogando lama e dejetos umas nas outras.
A bagunça foi proibida em 1841, mas continuou até meados do século 20. Surgiram então os cordões, as festas de salão, escolas de samba e, mais para frente, as famosas marchinhas.
Repórter responsável pela cobertura de saúde e ciência, com passagem pela Revista Superinteressante. Entusiasta de temas e pautas sociais, está sempre pronta para novas discussões.
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