Finalmente conseguiram construir antenas 5G que cabem em um smartphone

Já faz um tempo que ouvimos falar da chegada do 5G. No entanto, ainda faltam algumas coisas para que o padrão possa ser implementado. Uma delas diz respeito ao hardware: as antenas que trabalham com ondas milimétricas são grandes demais para serem usadas em smartphones. Esse problema, entretanto, começou a ser resolvido. A Qualcomm anunciou […]

Já faz um tempo que ouvimos falar da chegada do 5G. No entanto, ainda faltam algumas coisas para que o padrão possa ser implementado. Uma delas diz respeito ao hardware: as antenas que trabalham com ondas milimétricas são grandes demais para serem usadas em smartphones. Esse problema, entretanto, começou a ser resolvido. A Qualcomm anunciou dois novos módulos de antena para o 5G, compactos o suficiente para caberem em um celular, e um deles pode usar essas frequências mais velozes.

O 5G está chegando e os testes já devem começar no início de 2019

O padrão 5G pode operar em frequências entre 24 GHz e 100 GHz, as chamadas ondas milimétricas, ou 5G NR mmWave. Este comprimento de onda permite, de acordo com a Qualcomm, atingir velocidades de download de até 5 gigabits por segundo. Na prática, este valor deve ficar em cerca de 1,4 Gbps.

Outro “pedaço” do espectro que pode ser usado são as frequências abaixo de 6 GHz. Elas são mais confiáveis, têm alcance maior e sofrem menos com bloqueios e interferências. A velocidade, entretanto, não é tão alta: “apenas” 500 Mbps. (Aspas no “apenas” porque o 4G não passa de 70 Mbps.)

No entanto, as empresas até agora tiveram dificuldades para miniaturizar os componentes que operam com ondas milimétricas até um tamanho que coubesse em um smartphone. A própria Qualcomm já tinha mostrado antenas que precisavam de um carrinho para serem transportadas. Na concorrência, isso também não mudava muito. Na MWC deste ano, a Intel precisou de um suporte para apoiar o hardware necessário para uma demonstração do 5G.

A própria Qualcomm comenta o assunto em seu comunicado à imprensa:

Até agora, sinais mmWave não foram usados para comunicações móveis sem fio devido a muitos desafios técnicos e de design que eles representam, que impactam praticamente todos os aspectos da engenharia dos dispositivos, incluindo materiais, formatos, design industrial, projeto térmico e requisitos regulatórios para potência irradiada. Por isso, muitas pessoas na indústria consideravam as ondas milimétricas impraticáveis para redes e dispositivos móveis e altamente improvável de ser concretizada.

A companhia não divulgou as medidas, mas a reportagem da CNET viu os módulos de perto e disse que eles são mais ou menos da espessura de um iPhone X: 7,7 milímetros, pequenos o suficiente para caber em um smartphone.

Os dois modelos — QTM052, para ondas milimétricas, e QPM56xx, para frequências abaixo de 6 GHz — funcionam com o modem Snapdragon X50 5G da empresa. Ele pode se conectar até quatro módulos. Assim, será possível para as fabricantes distribuir os componentes pelo aparelho, diz Sherif Hanna, diretor de marketing de produto da Qualcomm. Isso é importante, pois as ondas milimétricas são sensíveis a ponto de ser capaz de bloquear a recepção e envio com a mão. Com mais de um módulo, o modem pode recorrer a outro caso haja um sinal ruim.

As primeiras amostras dos módulos foram distribuídos para as fabricantes no começo deste mês. A expectativa é que eles comecem a equipar hotspots móveis até o fim deste ano e smartphones no primeiro semestre de 2019.

[Qualcomm via CNET]

Imagens: Qualcomm

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