Lembra quando o RapidShare era quase sinônimo de pirataria? Desde que o MegaUpload acabou, eles vêm fazendo de tudo para acabar com essa imagem. A mais nova medida é divulgar um manifesto antipirataria para sites que armazenam arquivos – eles recomendam até violar sua privacidade caso haja suspeita de pirataria.
O documento de quatro páginas “leva a obrigação [de proteger o direito autoral] a um novo nível”, segundo o Rapidshare. O manifesto é algo completamente diferente do que se espera de um ex-site de pirataria.
Por exemplo, se houver apenas a suspeita de violação de copyright, os usuários são culpados até serem provados inocentes: a conta deve ser eliminada quando houver pedidos o suficiente vindos de donos de direitos autorais.
E para contas acusadas de violar copyright, o RapidShare recomenda atualizar os termos de serviço para incluir o direito de inspecionar os arquivos do usuário. O manifesto também sugere que os serviços para armazenar arquivos operem de países que respeitem o direito autoral – o que não é tanto o caso da Suíça, onde fica a sede da RapidShare.
A empresa agora se posiciona como uma concorrente do Dropbox nesse negócio de “hospedagem na nuvem”. Mas depois de ser processada inúmeras vezes por distribuir conteúdo com direitos autorais, o RapidShare quer deixar bem claro que não voltará aos modos bucaneiros do passado.
Desde fevereiro, usuários não-pagantes sofrem com downloads lentos no RapidShare. O site disse que o objetivo é diminuir o uso ilegítimo do site – quem sabe também seja aumentar o número de usuários pagantes. Depois desse manifesto, talvez os usuários pensem duas vezes antes de pagar. [Manifesto via TorrentFreak]
Imagem via Tecnoblog