Quer saber a história da busca no Google? Acompanhe o fio
Tudo teve um começo – inclusive a busca no Google. A barra de pesquisa mais clicada da web surgiu em 1996 e inovou o consumo de algoritmos, produtos e informação.
Hoje, a plataforma conta com bilhões de URLs e pesquisas em 150 idiomas, além de uma infinidade de produtos. Quer saber mais? A seguir, fizemos um resumo da história das buscas no Google, mas também tem este link onde você pode acompanhar essa evolução.
1996
Há 26 anos, quando a internet quase era 100% restrita às universidades e grandes laboratórios de pesquisa, os estudantes de doutorado da Universidade de Stanford, nos EUA, Larry Page e Sergey Brin, queriam entender a ordem dos links que apareciam como sugestão nas páginas web.
Eles, então, criaram o PageRank, um sistema para entender a qualidade dos sites que existiam.
1997
O método, que era para ser um simples projeto da universidade, se transformou no Google, com a criação do domínio www.google.com, em 1997.
1998
Page e Brin criam o novo mecanismo de pesquisa do Google. No começo, a página de resultados continha dez links azuis. O primeiro índice contava com 26 milhões de páginas. Até o final do ano, porém, saltou para 60 milhões.
2000
Ano importante para o Google. A companhia expande sua busca para 10 idiomas: francês, alemão, italiano, sueco, finlandês, espanhol, português, holandês, norueguês e dinamarquês.
Na mesma época, o índice de buscas alcança 1 bilhão de URLs e o Google lança seu primeiro doodle internacional, em comemoração ao Dia da Bastilha. Quem criou foi Dennis Hwang, que à época era estagiário. O sucesso é tanto que Hwang é promovido a diretor de doodles.
Além disso, o Google lança o AdWords, plataforma que inclui anúncios de empresas e negócios junto com as pesquisas.
2001
Você quis dizer…? É neste ano que o Google lança seu primeiro recurso de reforma ortográfica, que direciona os usuários para os links mais confiáveis.
É em 2001 que também surge o Google Imagens… Graças ao vestido bombástico de Jennifer Lopez no Grammy Awards 2000. O vestido com estampa tropical criado por Donatella Versace gerou o maior número de pesquisas no Google à época.
Mas os resultados da pesquisa só levavam para links azuis. Quando perceberam que não conseguiriam ajudar as pessoas a encontrar o que estavam procurando (uma foto de J.Lo com o vestido) foram inspirados a criar o Google Imagens.
You can thank this #Versace dress that @JLo wore to the #Grammys for the inception of #GoogleImages 💅 https://t.co/xZqnV0QCVW pic.twitter.com/MuizRsSWUs
— Access Hollywood (@accesshollywood) April 2, 2022
2002
No ano seguinte, o Google lançou seu primeiro Zeitgeist: documento sobre padrões, tendências e surpresas de 2001. Mais tarde, a iniciativa se transformou nas Pesquisas do Ano.
O episódio do ataque ao World Trade Center, em Manhattan, em 11 de setembro de 2001, foi decisivo para a criação do Google Notícias, agregador de informações usado até hoje.
2003
O Google lança o “Froogle”, plataforma de pesquisa exclusiva para sites de compra. Em 2007, vira o Google Product Search – hoje conhecido como Google Shopping.
Este ano também traz novidades tecnológicas: o Google passa a operar pesquisas com sinônimos. Até então, os mecanismos de busca só listavam sites com termos exatos à consulta. Em 2003 surge o Google Local, iniciativa que depois daria lugar ao Maps para encontrar locais dentro e fora das cidades.
2004
E o preenchimento automático que surgiu de um projeto secundário? A ideia veio através do Google Suggest em 2004, e ficou. Segundo o Google, o preenchimento automático reduz a digitação em 25% e poupa mais de 200 anos de tempo de digitação por dia.
2005
A era dos smartphones vem aí! O Google desenvolve a pesquisa para dispositivos móveis. Na prática, a big tech criou um serviço baseado em XHTML para direcionar os usuários que navegavam em celulares para sites compatíveis com esse formato.
Em 2005 também surge a primeira página com informações exclusivas sobre um acontecimento. O que motivou foi o furacão Katrina, nos EUA.
2006
Dez anos depois da criação do domínio, o Google lança o Tradutor e o Trends, plataforma que mostra as tendências de pesquisa em tempo real.
O Google também ultrapassa os links azuis e começa a desenvolver a pesquisa universal, que reúne notícias, imagens e vídeos sobre determinado assunto. O novo método de busca é lançado em 2007.
2008
A última novidade é a pesquisa por voz nos celulares. Começou com o app Google Mobile para iOS e, no ano seguinte, para Android. Só em 2011 foi compatível com os computadores.
2009
O ano de 2009 foi de várias inovações utilitárias na busca do Google. A pesquisa passou a ter informações de emergência, anúncios com informações de produtos e informações com ajuda para situações de crise.
2011
O Google passa a oferecer pesquisa por imagem. Em seguida, vêm as buscas criptografadas, com o http:// como padrão para todos os usuários que fazem login.
2013
As pesquisas do Google passam a oferecer alertas sobre desastres naturais e situações de emergência com o Avisos Públicos. Ao buscar sobre determinado lugar, há dados atualizados sobre a situação local.
2014
Começamos a ver os trechos em destaque, formato que dá “respostas” rápidas a perguntas feitas pelos usuários na busca do Google.
2015
A inteligência artificial começa a oferecer não só respostas às pesquisas, mas também o que outras pessoas estão buscando sobre o mesmo assunto. Além disso, é a primeira vez que as pesquisas feitas em smartphones são maiores que as derivadas de desktops.
2017
O Google lança o Discover, feed personalizado com base nas preferências e acessos de cada usuário. Outra inovação é o Lens, que busca a partir de uma imagem. O software usa objetos e informações da foto para encontrar resultados relevantes na web.
2019
A busca no Google nunca foi tão tecnológica. A big tech começa a oferecer correspondência neural, um sistema de inteligência artificial que relaciona palavras a conceitos.
Um exemplo: o usuário pesquisa “por que a minha televisão está estranha”, e a máquina relaciona a pergunta com o conceito de “suavização de movimento”, mesmo que isso não tenha sido escrito.
2020
Com a pandemia, o Google dá prioridade aos avisos públicos e informações sobre a covid em tempo real. No mesmo ano, a pesquisa cria o “Cantarolar para pesquisar”, que mapeava músicas com base nas vozes dos usuários.
2021
A desinformação sobre a pandemia e eventos políticos de 2020 faz com que o Google crie o selo “Sobre este resultado” nas pesquisas. O objetivo é informar sobre o autor da publicação e, com isso, conter a propagação de fake news.
A mesma lógica se aplica aos “Alertas de conteúdo”. Na prática, a busca do Google informa quando um assunto está em alta e as informações sobre ele ainda são desconexas.