Quer viver mais? Dieta da “zona azul” revela o segredo da longevidade
Uma “zona azul” é uma região com habitantes longevos e saudáveis, como, por exemplo, a ilha Sardenha, na Itália. Os moradores dessas comunidades podem ultrapassar os 100 anos de idade – e, um dos segredos para isso, está na dieta dessas pessoas.
A primeira vez que o termo “zona azul” veio à tona foi com o autor Dan Buettner, em um artigo publicado na National Geographic. Além de hábitos que incluem caminhar e andar de bicicleta e um bom convívio social, os moradores tem uma dieta baseada em vegetais. Eles também só se alimentam até se sentirem satisfeitos, sem ultrapassar os limites do corpo.
Segundo pesquisou Buettner, os povos africanos, asiáticos, latinos e nativos americanos possuem as dietas tradicionais mais longevas. O resultado de suas buscas foram parar no livro “The Blue Zones American Kitchen: 100 Recipes to Live to 100”. Além de receitas, o livro traz histórias de chefs que promovem a culinária ancestral.
Ingredientes mais comuns na dieta da zona azul
Em entrevista à CNN, Buettner disse que “o padrão alimentar da zona azul é 98% de alimentos à base de plantas – alimentos integrais e ricos em carboidratos”. “Mas apenas carboidratos complexos, não carboidratos simples, como salgadinhos, barras de chocolate e refrigerantes”, explicou. Os carboidratos complexos são feijões, ervilhas, vegetais e grãos integrais, por exemplo.
Um alimento muito comum no prato dos brasileiros, aliás, pode ser uma das melhores opções para uma alimentação saudável: o feijão. “Os cinco pilares de toda dieta de longevidade, incluindo a zona azul, são grãos integrais, vegetais da estação, tubérculos, nozes e feijão. Na verdade, eu defendo que a base de uma dieta de longevidade é o feijão”, disse.
A alimentação da zona azul também se assemelha ao estilo mediterrâneo, um dos melhores para a saúde – mas com menos peixe, apenas três vezes por semana e em pequenas quantidades. Nas zonas azuis, a carne vermelha entra no cardápio apenas cinco vezes por mês. Já os leites de vaca dão lugar a queijos de leite de cabra e ovelha, como feta e pecorino.
Além disso, Buettner ainda ressalta a importância da batata-doce roxa para a longevidade dos moradores da zona azul de Okinawa, no Japão. “A alimentação dos okinawanos até 1975 vinha da batata-doce roxa. Eu diria que produziu a população mais longeva da história da humanidade”, disse.
Por fim, para a alegria dos vegetarianos e veganos, não há carne nas receitas do livro de Buettner, a não ser pela versão vegetal seitan, derivada do glúten. O autor ainda ressalta que muitas das receitas podem ser feitas em 20 minutos e congeladas, se necessário.