Marissa Mayer, ex-mulher forte do Google, nova CEO do Yahoo!, tem um desafio dos grandes pela frente: frear a derrocada da sua nova empresa e fazê-la voltar a ser uma das grandes da web, como era até meados da década passada. Como? Não sabemos ainda, mas a primeira ação do Flickr sob o comando de Marissa nos deixou esperançosos.
No mesmo dia em que a notícia da contratação de Marissa para o cargo de CEO se tornou pública, Sean Bonner subiu o site dearmarissamayer.com e pediu, em nome da Internet: “Por favor, torne o Flickr sensacional de novo”. Vá lá, é a esperança que todos temos — mesmo que baixas e com motivos para tal. A resposta do Yahoo! não poderia ser melhor: uma outra página, parecida com a primeira, dizendo para a Internet “venha nos ajudar a tornar o Flickr ainda mais sensacional” seguida de um link para vagas de emprego no Flickr. Ótima sacada!
Mas se só boa vontade bastasse, as coisas seriam bem mais fáceis. Nesses últimos dois dias um caminhão de gente deu sugestões e pitacos sobre como o Yahoo! pode dar a volta por cima. Alguns comentários meio fora da realidade, outros interessantes.
- Mat Honan diz, na Wired, que o que falta ao Flickr especificamente é engajamento, que o site perdeu o bonde da troca de informações em tempo real, do feedback instantâneo e do mobile.
- Connie Lozios, da peHUB, acha que Marissa deve ir às compras, que o Yahoo! deve tomar o papel do Google no sentido de ser a empresa por quem as startups gostariam de ser compradas.
- John Gruber acredita que o Yahoo! se tornará (novamente) um forte rival do Google e, para tanto, fortalecerá o fornecimento de dados para parceiros, como a Apple — o iOS já usa dados do Yahoo! para previsão do tempo, ações da Bolsa e respostas de esportes da Siri.
- Em um condensado de peças de outros sites, a The Week chegou a algumas previsões. O Yahoo! deve mudar o foco de site de mídia/conteúdo e voltar a focar em serviços que, sob a supervisão rígida e conhecida dos tempos de Google de Marissa, podem ter alguma chance de voltar a brilhar.
São muitas opções e, qualquer delas que a nova CEO escolha, haverá muito trabalho a ser feito. Mas há esperança e o retrospecto da nova chefe é bom. Força, Marissa!