A química por trás de um palito de fósforo em chamas
Nós compartilhamos por aqui, há algum tempo, o vídeo de um fósforo queimando em câmera lenta a 4.000 quadros por segundo. A American Chemical Society pegou este vídeo para explicar o que acontece em nível molecular quando você acende um palito.
Vamos lá: a cabeça do palito possui um combustível (trissulfeto de antimônio), uma substância para ajudar esse combustível a pegar fogo (clorato de potássio), e outro composto para evitar que a combustão gere muita fumaça (fosfato de amônio).
A cera de parafina ajuda a chama a viajar para baixo no palito, e uma cola mantém tudo isso junto. Há também um corante para deixar o fósforo mais bonito.
Na caixinha, há uma superfície de vidro em pó (para a fricção) e fósforo vermelho (para acender o fogo). Quando você raspa a cabeça do fósforo na caixa, isso cria fricção e emite calor. Essa energia converte o fósforo vermelho em fósforo branco, que é extremamente volátil e reage com o oxigênio do ar, causando a ignição.
Todo esse calor também faz o clorato de potássio – presente na cabeça do fósforo – pegar fogo. Por ser um agente oxidante, ele fornece mais oxigênio à reação. Esse oxigênio se combina ao combustível (trissulfeto de antimônio) para criar uma chama duradoura.
Essa reação cria óxidos de enxofre, que possuem aquele cheiro de algo queimando. Há também a fumaça, composta de pequenas partículas que escaparam da combustão, mais vapor d’água.
A ACS levou quase um minuto e meio para descrever, no vídeo, o que acontece em apenas um décimo de segundo. Como eles próprios lembram, “a química é rápida”.
Foto por Rob Howard/Flickr